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MUNDO FINANCEIRO

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Non omne quod fulget aurum est: Nem tudo que brilha é ouro.

 

Interditada: TelexFree é o maior golpe online da atualidade

telexfree

Dinheiro fácil sem trabalho. A fórmula mágica para o sucesso financeiro parece ter sido inventada agora com o chamado Marketing Multinível na web. A teoria é bem elaborada, com muitas estatísticas e até depoimentos de beneficiados. Mas acontece que o negócio de hoje  é o velho esquema de pirâmide, que ganhou a repercussão e ferramentas digitais.

World Prelaunch, Muticlick e, principalmente, TelexFree são as “empresas” com maior destaque que prometem dinheiro em tarefas online. A ideia delas é que se forme uma rede de colaboradores (conceito que combina com a web), onde estes pagam uma taxa para entrar e depois tem um suposto retorno. Neste tempo estes precisam captar novos colaboradores, para ganhar dinheiro em cima dos próximos – e assim sucessivamente.

Lembra bastante os esquemas de pirâmide, não? É a mesma coisa, pois em alguns cálculos simples de progressão, a rede com o tempo torna-se insustentável (no 10º nível, de um esquema que começa com 10 pessoas, teríamos quase a população toda do Brasil envolvida). Só que tudo isso é feito enquanto os enganados colaboradores fazem papéis de bobos na web.

Até o Ministério da Fazenda, por meio Secretaria de Acompanhamento Econômico, foi obrigada a emitir uma nota, para esclarecer que isto é um golpe (“crime contra a economia popular”) de forma oficial.

mp telexfree


Clique na imagem para ver direto no site do Ministério da Fazenda.

A TelexFree e outras “empresas” usam a desculpa de trabalhar para um serviço de Voz Sobre IP, para ligações telefônicas mais baratas (numa suposta parceria com operadoras de telefonia). Quem entrar na roubada como colaborador ganharia desconto nas ligações. Bobagem, pois existem vários programas que fazem esse serviço com preço bem mais baixo e até de graça, como o Skype, o Google Hangout, o Facebook e o What´s App.

No Reclame Aqui há 1443 reclamações contra a empresa (em sua maioria, de usuários que se sentem prejudicados pelo software usado pela companhia), sendo que 249 não foram respondidas. A empresa tem nota 7.36 de avaliação no site.

Todas as empresas de Marketing Multinível que atuam na internet também gostam de usar o termo Marketing Digital. Pessoas que realmente atuam na área de forma séria, que estudam para isso, tem arrepios ao ouvir esse termo (leia o slide 32 da apresentação Tendências da Comunicação Digital, por Martha Gabriel).

Outro problema dessas empresas é o spam gerado. Os que caíram no golpe colaboradores passam o dia enviando mensagens (e-mail, mensagem direta pelo Twitter ou Facebook) tentando convencer os outros a entrar, para ressarcir seus gastos. Muitos vezes, os filtros do e-mail não pegam estas mensagens, porque são enviadas de forma nominal e (pelos parâmetros dos robôs do filtro) certos. Esta é a parte mais triste.

Infelizmente, pessoas próximas, que acreditamos ter um mínimo grau de instrução,acabam iludidas pela promessa de dinheiro fácil. É como se o TelexFree e seus derivados fossem um vírus, que afetasse a mente das pessoas e se propagasse pelos canais online delas. E a melhor vacina é a informação contra este tipo de golpe.

Moral da história em vídeo:

(o He-Man foi uma das formas humoradas que o pessoal encontrou para combater e alertar sobre o golpe do TelexFree e outras “empresas” do gênero).

Discorda? Tem dados novos para trazer à discussão? Use o espaço dos comentários para agregar!

Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/impressaodigital

 

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ENTENDENDO A CRISE FINANCEIRA - CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO

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Justiça determina bloqueio de Ferraris e Rolls Royce de empresa suspeita de pirâmide

29/08/2013 - 03h00

FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO

 

A Justiça Federal em São Paulo determinou o sequestro de três Ferraris, quatro Lamborghinis, um Rolls Royce e 17 Mercedes Benz, entre outros carros, da empresa BBom, suspeita de formação de pirâmide financeira.

 

A decisão do juiz da 6ª Vara Criminal em São Paulo Marcelo Costenaro Cavali também já levou ao bloqueio de R$ 18 milhões em contas da companhia.

 

No processo judicial, estão em apuração supostos crimes de operação ilegal de empresa equiparada a instituição financeira, desvio e lavagem de dinheiro.

 

Na área cível, a Justiça Federal em Goiás já determinara restrições patrimoniais à companhia no início de julho.

 

A BBom diz ser uma "empresa especializada em canal de vendas direta e marketing multinível" de rastreadores.

 

A companhia promete ganhos progressivos a partir da compra de cotas e, sobretudo, da formação de redes de divulgadores dos negócios.

 

Em sua divulgação, veicula informações sobre o enriquecimento rápido de pessoas que participaram das operações da companhia.

 

Segundo dados do processo na Justiça Federal, a BBom já teria obtido a adesão de mais de 200 mil pessoas.

 

A decisão da Justiça Federal em São Paulo, do dia 14 de agosto, tinha como alvo o bloqueio de quase R$ 500 milhões que estariam em circulação pelas contas da BBom.

 

Porém, quando a medida foi efetivada só foram encontrados R$ 18 milhões nas contas da companhia.

 

A Justiça determinou ao todo o sequestro de 49 carros, a maioria de luxo e ano 2013.

 

A Polícia Federal ainda está em busca da maior parte dos veículos.

 

Na Justiça Cível Federal de Goiás, a determinação de bloqueio de valores chegou a mais de R$ 300 milhões e também incluiu outros bens.

 

As decisões judiciais são provisórias e ainda podem ser revertidas na Justiça.

 

OUTRO LADO

 

Em nota, a assessoria de imprensa da Bbom informou que o departamento jurídico da empresa "está tomando todas as providências" em relação ao bloqueio feito pela Justiça Criminal Federal em São Paulo e já recorreu contra decisão da Justiça Cível Federal de Goiás.

 

De acordo com a nota,"todas as solicitações feitas pela Justiça estão sendo cumpridas pela empresa, conforme determinação judicial ocorrida na data solicitada".

 

"A empresa confia na Justiça brasileira e aguarda uma decisão jurídica sobre a ação proposta pelo Ministério Público de Goiás e reitera, que está cumprindo e colaborando com todas as informações que foram solicitadas pela Justiça", completa a nota.

FONTE:

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/08/1333644-justica-determina-bloqueio-de-ferraris-e-rolls-royce-de-empresa-suspeita-de-piramide.shtml

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COTAÇÕES

 

INDICADORES

 

Os milionários que começaram do zero - Veja on-line

Empreendedor do Século - Amador Aguiar


HISTÓRIA DO DINHEIRO - SAIBA TUDO SOBRE ELE

 

História do Crédito
Desenvolvimento Histórico
Considerando a proíbição de certos valores em vigor no cristianismo, apenas aos hebreus era, na Idade Média, permitido subvencionar créditos sob forma de dinheiro; mesmo dentro da comunidade religiosa existia a proibição de financiamento. 

Os senhores medievais financiavam os custos das guerras e jurídicos através de financiamentos; o consequente reembolso era efectuado com as entradas fiscais dos novos territórios conquistados. 

Outra forma de financiamento usual nesta época era a colocação à disposição dos agricultores das sementes para o seu trabalho na terra, sendo o mesmo financiamente liquidado posteriormente com parte da colheita. 

Os caixeiros viajantes recebiam, já na Idade Média, contra o depósito a prazo por parte de um banqueiro; com as chamadas Cartas de Crédito iam retirando a quantia necessária para as suas despesas durante a viagem; diminuindo assim o perigo de roubo. Uma relação de confiança na altura só possível pelas relações parentescas entre os primeiros banqueiros. 

No final do Sec. XVII a proíbição de crédito foi abolida oficialmente no cristianismo o que deu um grande impulso ao mercado de créditos junto da população; no entanto muito antes, com as trocas comerciais nas grandes cidades como Veneza, Génova, Hamburgo, Amsterdão e Londres, o sistema de financiamento de trocas comerciais já tinha ganho a forma que conhecemos hoje. 

Dada a impossibilidade de manter por toda a parte sucursais e filiais, um relatório recíproco e estreito de confiança entre os bancos teve desde sempre uma importância específica como garante da troca de informações sobre os clientes. Relações desde tipo persistem até aos dias de hoje na correspondência das entidades credoras. 

Desenvolvimento no Sec. XIX
No início do Sec. XIX foram fundados vários bancos sob a forma de sociedades de capitais, no intuito de responder à crescente necessidade do financiamento na circuito económico; e com a incapacidade de resposta por parte dos banqueiros privados. Em França foram as ideias socialistas à volta de Saint-Simon que conduziram à criação de sociedades bancárias. 

Na época da industrialização foi também o financiamento por parte de terceiros que permitiu a sobrevivência aos pequenos estabelecimentos artesanais. Numa tentetiva de protecção desses estabelecimentos surgiram as associações cooperativas de crédito, ou banco do povo. No caso particular da agricultura foi Friederich Wilhelm Raiffeisen o fundador de uma sociedade de crédito. Foi assim que nasceram os bancos Raiffeisen. 

Desde 1952 as caixas de poupança concedem os créditos considerando o reembolso mensal calculado numa taxa fixa. 

Após 1950
Nos anos da reconstrução europeia a importãncia dos negócios de crédito, com clientes privados, aumentou de forma significativa. O valor do crédito concedido era estabelecida consoante a disponibilidade do cliente em pagar as mensalidades. Afim de supervisionar a solvencia do cliente, os mutuantes anunciam o crédito concedido e recebem por seu lado a informção se o cliente tomar outros créditos noutros bancos.

 A proposito: crédito deriva da palavra latina (creder) “Crer” e a palavra creditum “a confiança inpirada ao fazer o empréstimo”. 

A História Secreta do Cartão de Crédito

História do Cartão de Crédito

O cartão de créditotal como o conhecemos foi criado nos Estados Unidos, em 1950. Porém, ainda na década de 20, a idéia de dar crédito aos clientes fiéis já era colocada em prática por hotéis, postos de gasolina e outros tipos de comércio.

Mas a história do cartão de crédito teve início em um restaurante, na cidade de Nova York, em meados de 1950. O executivo Frank MacNamara e seus convidados, após um jantar no referido restaurante, perceberam que haviam esquecido talões de cheque e dinheiro, e, portanto, não tinham como pagar. Sem outra saída diante da situação, o dono do restaurante aceitou que o executivo pagasse a conta no dia seguinte, sob uma condição: que MacNamara assinasse a conta com as despesas. Resolvido o problema, o executivo se deu conta do potencial de um “cartão de crédito”.

No mesmo ano foi lançado o primeiro cartão de crédito, o Diners Club Card, a princípio aceito em 27 restaurantes do país, e, com aproximadamente 200 clientes (grande parte executivos conhecidos de MacNara) que utilizaram tal serviço para o pagamento de despesas em viagens. Inicialmente foi feito de papel cartão, tendo de um lado o nome do cliente, e do outro o nome dos estabelecimentos que o aceitavam. A partir de 1955, passou a ser feito de plástico.

Dois anos mais tarde, em 1952, foi emitido o primeiro cartão de crédito internacional, na época aceito principalmente em hotéis e restaurantes.

A idéia do cartão de crédito chegou ao Brasil em 1954, quando o empresário tcheco Hanus Tauber adquiriu a franquia do Diners Club nos Estados Unidos, e ofereceu sociedade ao empresário Horácio Klabin. O lançamento ocorreu em 1954, inicialmente como um cartão de compra, não de crédito.

Em 1960 o cartão de crédito já era aceito em mais de 50 países espalhados pelo mundo, e já com concorrentes: em 1958, havia sido lançado o American Express. Nesse mesmo ano, ao perceber que estava perdendo terreno, o Bank of America introduziu o seu BankAmericard, que, em 1977, passou a ser chamado de Visa.

Atualmente, existem vários tipos de cartões de crédito. Associações entre o comércio e as financeiras fazem com que as marcas de cartão de crédito se multipliquem. A maioria busca facilitar a vida do cliente, diminuindo o tempo antes gasto com a burocracia dos financiamentos. Porém, tal comodidade pode custar bem caro. As operadoras de cartão geralmente cobram uma taxa anual por seus serviços. Quando as faturas são pagas em dia, o uso do cartão de crédito não traz problemas. O grande “perigo” da comodidade dos cartões tem inicio quando o cliente paga apenas a taxa mínima estabelecida pela operadora. Os juros que incidem no restante da dívida são altíssimos, sendo comuns os casos em que a dívida vira uma “bola de neve”.

Uma breve história dos empréstimos

















6 golpes financeiros que enganaram milhares de investidores

 

1) Armadilha para quem busca lucro rápido

São Paulo – Retornos exorbitantes, livres de risco e em um curto espaço de tempo. Bom demais para ser verdade? Consultores financeiros alertam: a tríade invariavelmente aponta para um esquema de pirâmide, golpe que ganhou popularidade no século passado, mas continua fazendo vítimas pelo mundo afora. “Os mesmos elementos estão sempre presentes: algo que começa do nada, com poucos aderentes, promessa de rentabilidade diferenciada e uma figura central que patrocina o negócio”, afirma o economista Marcos Silvestre, autor do livro “12 meses para enriquecer”. 

É verdade que os primeiros participantes costumam sair no lucro. Isso acontece porque o dinheiro dos que entram na base da pirâmide é usado para remunerar com generosidade os que desejam pular fora. Dessa forma, o negócio - seja um intricado investimento em animais ou uma corrente na internet que promete retornos vultosos a partir de aportes bem modestos - parece de fato funcionar. Envernizada pelo sucesso, a aplicação cai nas graças dos investidores, que não raro convidam amigos e familiares a embarcar na mesma empreitada. Mas a partir do momento que a base deixa de crescer, a pirâmide desmorona. Sem geração sustentável de caixa, a grande maioria dos participantes termina sem qualquer dinheiro no bolso.

No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários já abriu 24 processos administrativos contra ofertas com características de pirâmides de 2007 até agora. Mas o caminho é longo para quem espera reaver parte do dinheiro aplicado. A reparação do prejuízo é determinada pelo poder judiciário, que pode ou não se apoiar na atuação da CVM (que impõe apenas sanções administrativas) para abrir um novo processo. Melhor mesmo, recomenda Silvestre, é desconfiar de toda e qualquer rentabilidade líquida superior a 1% ao mês que for apresentada como um retorno garantido. Conheça, a seguir, seis esquemas de pirâmides que se tornaram famosos no Brasil e no mundo.


 

2) Ponzi e os cupons postais

 Charles Ponzi nasceu como Carlo Ponzi em Parma, Itália, em 1882.
Emigrou para os EUA em 1903 e desde o início teve problemas com a justiça falsificando cheques e cometendo outros pequenos crimes (falsificação de documentos, pequenos roubos etc...) tanto nos EUA quanto no Canadá onde viveu durante um tempo.
Em 1918, em Boston, casou com uma outra emigrante italiana e no ano seguinte iniciou, sempre em Boston, seu mais famoso esquema de fraude. Durante alguns meses, enquanto durou a fraude, foi uma das pessoas mais admiradas de Boston e um dos pilares da comunidade. Mudou para uma mansão e participava de obras de assistência.
Foi pra prisão várias vezes no Canadá e nos EUA. Em 1934, quando saiu da última prisão foi deportado de volta pra Itália onde tentou novos esquemas, mas sem sucesso.
Finalmente mudou para o Brasil onde trabalhou como representante das linhas aéreas italianas até que estas foram fechadas por causa da guerra. 
Morreu em janeiro de 1949 num hospital para indigentes no Rio de Janeiro.


 

Charles Ponzi, antes e depois do fracasso de seu esquema fraudulento.

 

Em 1920, o ítalo-americano Charles Ponzi (foto) atraiu um sem número de clientes prometendo rentabilidade de 50% em apenas 45 dias. O negócio consistia na compra de cupons postais de outros países, trocados por selos nos EUA a um preço mais caro. Mas as despesas e prazos para conversão da moeda minavam qualquer rentabilidade expressiva. Ainda assim, o boca a boca alimentou o topo da pirâmide e por um bom tempo Ponzi remunerou os investidores antigos com o dinheiro dos que entravam no esquema - não deixando, é claro, de tirar uma boa parte para si próprio.

Quando o esquema entrou em colapso, descobriu-se que 160 milhões de cupons postais eram necessários para sustentar as margens que seduziam os investidores. Mas só existiam 27.000 no mercado. Condenado a anos de prisão, Ponzi posteriormente mudou-se para o Rio de Janeiro, onde morreu pobre em 1949. Seu nome carimbou o golpe de pirâmide, mundialmente conhecido como esquema de Ponzi.

Charles Ponzi, um italiano que emigrou nos EUA em 1903, lançou em novembro de 1919 um esquema de venda de notas promissórias garantindo um juro de 40% no prazo de 90 dias (em uma segunda fase chegou a prometer juros de 50% a cada 45 dias). Em vez de investir o dinheiro que recebia o Sr. Ponzi usava parte do dinheiro de cada novo investidor para pagar os juros prometidos aos investidores mais antigos, ficando ele com o restante.
Ponzi, muito hábil, declarava que o funcionamento do negócio era sigiloso por “razões competitivas”, mas fazia circular a informação extra oficial que tinha a ver com negociação internacional de valores (sobretudo coupons-resposta postais). Os investidores de Ponzi não sabiam direito como a coisa funcionava, sabiam porém que algumas pessoas estavam aparentemente ficando ricas com isso. Obviamente todos queriam ganhar o mesmo e portanto pediam para entrar no sistema. Ponzi chegou a faturar quase 10 milhões de USD, pagando de volta na forma de juros pouco menos de 8 milhões.
Quanto, cerca de 7-8 meses mais tarde, o número de novos investidores cresceu demais (chegando a cerca de 20.000, entre os quais muitas pessoas influentes), as autoridades iniciaram a investigar e ficou praticamente impossível continuar. O sistema começou a ruir, também por falta de novas adesões em número suficiente para manter o esquema funcionando. Logo depois aconteceu o colapso com a intervenção das autoridades e a criação do termo "Esquema de Ponzi". Ponzi foi condenado a 5 anos de cadeia.
Anos mais tarde tentou um novo esquema parecido na Flórida (envolvendo loteamentos de pântanos apresentados como terrenos comerciais) e foi condenado de novo. Terminou seus dias em 1949, num hospital para indigentes no Rio de Janeiro, para onde tinha se mudado.

 

3) Engorda de gado nas Fazendas Reunidas Boi Gordo

 

No mais conhecido caso de pirâmide financeira do Brasil, 30.000 investidores perderam nada menos que 3,9 bilhões de reais. Seduzidos pela oportunidade de embolsar um lucro mínimo de 42% no prazo de um ano e meio, eles aplicaram suas economias nas Fazendas Reunidas Boi Gordo. A empresa chegou ao mercado em 1988, mas só começou a vender os chamados contratos de investimento coletivo (CICs) nos anos 90. A sistema se assentava na engorda de bois e criação de bezerros, mas os lucros repassados eram pagos sobretudo pela entrada de novos investidores no negócio.

Uma década se passou até que a empresa abrisse seu capital, exigência da CVM para que as atividades continuassem sendo exercidas. Ao longo desse tempo, multiplicaram-se os interessados no esquema. A Boi Gordo investiu inclusive em anúncios apresentados pelo ator Antônio Fagundes nos intervalos da novela “Rei do Gado”. Poucos anos depois a situação mudaria de figura: em 2001 a empresa não tinha mais dinheiro para honrar os resgates solicitados. A falência foi decretada em 2004, mas o processo ainda corre na justiça. Para indenizar os investidores, estuda-se a entrega das propriedades da Boi Gordo, transferindo-as para fundos em nome dos credores. Já o processo criminal instaurado contra o dono da empresa, Paulo Roberto de Andrade, foi cancelado pelo Superior Tribunal de Justiça em dezembro de 2009. Na CVM, a condenação sofrida por ele em 2003 combinou uma multa de mais de 20 milhões e a proibição de exercer o cargo de administrador de companhia aberta por 20 anos.

vídeo 1

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 REPORTAGEM 1

O Estadao de S.Paulo -David Friedlander 
13 de agosto de 2009 | 0h 00

Criador da Boi Gordo, que lesou mais de 30 mil, se livra da prisão

Dono da empresa que deixou dívidas de R$ 2,5 bilhões fica livre da acusação de crime falimentar

O empresário Paulo Roberto de Andrade, dono da Boi Gordo, uma firma de investimento em gado que lesou mais de 30 mil pessoas, não corre mais risco de ser punido criminalmente. O Superior Tribunal de Justiça (STJ)anulou a ação penal contra ele e reconheceu a prescrição do processo. A Boi Gordo quebrou em 2004, deixando uma dívida de R$ 2,5 bilhões na praça. Andrade, até então celebrado como um empresário moderno e inovador, passou a ser tratado como um golpista. Denunciado à Justiça por prática de crimes falimentares, agora está livre das acusações.

 

"É a pizza. Fazer o quê?", afirma o promotor de Justiça Eronides Aparecido Rodrigues dos Santos, da Vara de Falências de São Paulo. "Lamento a anulação de um caso emblemático como esse. Houve um golpe, milhares de pessoas foram lesadas e não haverá responsabilização penal". Procurado por meio da assessoria de imprensa, o ministro Nilson Naves, responsável pela decisão do STJ, estava ocupado e não tinha tempo para atender. Sua decisão ainda não foi publicada no diário oficial.

 

O investimento na Boi Gordo foi uma febre do final dos anos 90 até quebrar, em 2004. A maior parte de sua clientela era formada por poupadores de classe média, mas entre suas vítimas há lista enorme de pessoas conhecidas. Entre elas o técnico de futebol Luiz Felipe Scolari; os ex-jogadores Evair e César Sampaio; a atriz Marisa Orth; o designer Hans Donner, da Rede Globo; o economista Rogério Buratti, ex-assessor do deputado Antônio Palocci (PT) em Ribeirão Preto; e Paulo Okamoto, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

A Fazendas Reunidas Boi Gordo popularizou no País as chamadas empresas de parcerias. O investidor aplicava em animais (bois, frangos, porcos) da empresa parceira, como a Boi Gordo e, no fim do contrato, recebia o lucro da venda do animal engordado. A Boi Gordo prometia rendimento de 42% depois de 18 meses. Eram ganhos que batiam de longe qualquer outro investimento da época.

 

Mais tarde descobriu-se que a empresa funcionava como uma pirâmide, pagando os contratos vencidos com o dinheiro da entrada de novos investidores. Quando os saques superaram os investimentos, a pirâmide desmoronou.

 

A Boi Gordo ficou conhecida no País inteiro por meio dos anúncios publicitários estrelados pelo ator Antonio Fagundes nos intervalos da novela o Rei do Gado, da Globo. Ela abriu caminho para outras empresas parecidas, como a Gallus Agropecuária, pertencente a um estelionatário chamado Gelson Camargo dos Santos. A Gallus também quebrou, deixando 3 mil pessoas no prejuízo.

 

LEILÕES

 

A decisão do STJ não interfere nos processos de indenização das vítimas da Boi Gordo. O síndico da massa falida, Gustavo Sauer, está terminando o processo de avaliação de 14 fazendas, donas de um total de 250 mil hectares de terra. Duas fazendas ficam em São Paulo, as outras em Mato Grosso.

 

"Estamos terminando a avaliação e as propriedades devem ser leiloadas ainda este ano", afirma Sauer. "Mas já sabemos que não será possível indenizar integralmente as vítimas da Boi Gordo."

 

Segundo o advogado de defesa de Andrade, José Carlos Dias, a decisão do STJ foi unânime. "O STJ reconheceu que houve prejuízo à defesa do Paulo Roberto de Andrade", afirma Dias. "A antiga lei de falências previa uma série de prazos e procedimentos antes do início da ação penal que foram atropelados para que o pedido da ação não prescrevesse."

 

O golpe do boi gordo 

 

Paulo Roberto de Andrade, que por treze anos captou poupança,não sofreu controle nem investigação

 

Murilo Ramos 

 

Ricardo Benichio

Paulo Roberto de Andrade numa de suas 111 fazendas: embora quebrado, vem montando novas empresas

 

 A empresa Fazendas Reunidas Boi Gordo apresentou-se aos brasileiros pelo rosto carismático do ator Antônio Fagundes. O comercial ia ao ar no horário nobre da televisão e teve seu auge durante a exibição da novela O Rei do Gado, da Rede Globo, em 1997. Há um mês, a empresa foi à lona, teve concordata declarada na cidade de Comodoro, Mato Grosso, onde ficam algumas de suas fazendas, e depois suspensa por um desembargador do Estado. Prevê-se uma longa batalha judicial pela frente. A Boi Gordo afundou com um patrimônio de 530 milhões de reais e dívidas de 750 milhões. Para os quase 30.000 investidores existe a perspectiva sinistra de não conseguir reaver seu dinheiro. Agora que a empresa está em dificuldades sérias, as atenções se voltaram para a figura de seu proprietário, Paulo Roberto de Andrade, de 54 anos, paulista de Santa Cruz do Rio Pardo. Foi dele a idéia de vender ao público a encenação de que é possível produzir mais de 40% de lucro em dezoito meses engordando gado no campo – quando a lucratividade média da pecuária brasileira não passa de 9% ao ano.

 

Paulo Roberto de Andrade carrega um passado que, num país ainda cheio de preconceitos contra pessoas com algum envolvimento pregresso com a Justiça, faria dele o sujeito menos indicado para estar à frente de uma empresa que saiu por aí captando poupança popular no horário nobre da televisão. VEJA descobriu que o dono da Boi Gordo conseguiu, por razões óbvias, esconder habilmente sua ficha criminal durante todo o tempo em que tocou seu negócio. Antes de se envolver seriamente com a Justiça, Paulo Roberto de Andrade foi vendedor de jóias em Mogi das Cruzes, nas vizinhanças da capital paulista. Depois se mudou para São Paulo. Foi quando seus problemas começaram. Entre 1966 e 1989 – época em que a Boi Gordo já estava estabelecida no mercado, portanto – ele foi alvo de nove processos. As acusações eram sérias. Roubo, agressão contra mulheres e estelionato. Das duas últimas Andrade foi inocentado. Nada se encontrou que pudesse ser usado judicialmente contra ele. Foram sete processos engavetados por falta de provas. 

 

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O Gordo Milionário, que quebrou a Gallus: outro fichado

Dois deles, no entanto, foram adiante. Justamente os mais sérios. A acusação: assalto a mão armada. O primeiro em 1966, quando Andrade tinha 19 anos de idade. Ele voltaria a reincidir no mesmo crime em 1967. Foi preso, julgado e condenado duas vezes. Na primeira, a sete anos de reclusão. Na segunda, a quatro anos e onze meses. Quatro anos da pena foram cumpridos no famoso presídio do Carandiru, em São Paulo. No fichário do arquivo morto da instituição há o registro de que Paulo Roberto de Andrade esteve na cadeia entre 1968 e 1972, proveniente do Presídio Tiradentes. Depois foi transferido para a cidade de Bauru, no interior do Estado. Consta de sua ficha policial, ainda, um pedido de recaptura, feito, em 1972, pelo Departamento de Investigações Criminais (Deic) – o que sugere uma fuga. Mas não existe registro positivo sobre esse fato. 

 

Na cidade onde nasceu, Santa Cruz do Rio Pardo, Paulo Roberto de Andrade é lembrado como um jovem um tanto agitado, mas não muito diferente de outros colegas de juventude. A ficha criminal de Andrade foi motivo de extremo constrangimento para os familiares e de conversa entre os velhos companheiros de farra na cidade. "Sei que ele foi preso depois que deixou Santa Cruz. Nós chegamos a conversar sobre a prisão. Todos cometemos erros na vida, essa é a verdade", diz Waldomiro Picicin, vice-prefeito da cidade e amigo de adolescência de Paulo Roberto de Andrade. O dono da Boi Gordo era chamado de "Crica" na infância confortável que desfrutou como filho de Alcides Carvalho de Andrade e Minervina Pereira de Andrade, casal que teve seis filhos e compunha uma família tradicional e rica, pioneira dos tempos da fundação do município. "Ele foi embora cedo e voltou poucas vezes. Não tenho muito contato com meu filho", diz dona Minervina, de 88 anos de idade. 

 

Ana Araujo
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José Carlos Dias, o advogado criminal de Andrade: "interesse público"

Paulo Roberto de Andrade não quis falar com os repórteres de VEJA que o procuraram. Seu advogado, José Carlos Dias, mandou uma carta à redação sugerindo que seria "crime de difamação" por parte da revista divulgar a ficha criminal de seu cliente. A razão apresentada por Dias era baseada na Lei de Imprensa, que realmente desabona a publicação desse tipo de levantamento quando a pessoa já cumpriu a pena relativa ao crime cometido. A própria lei, porém, ressalva que a publicação dos fatos é legal "se motivada por interesse público". Por se tratar de um captador de poupança popular, um homem a quem milhares de brasileiros confiaram suas economias domésticas, é do interesse público que seu passado seja conhecido. Aliás, seria do maior interesse que esses fatos tivessem sido desencavados ainda nos primórdios da atuação da Boi Gordo. É lícito supor que o passado de Andrade desencorajasse investidores. "Quem cumpre pena não deve mais nada à Justiça. Mas acho que seria complicado para mim entregar minha poupança aos cuidados de alguém com antecedentes como os dele", diz o advogado criminalista Luiz Flávio Gomes. 

 

O negócio do boi gordo não é uma atividade convencional. Nasceu de uma idéia de Andrade e cresceu sem que ninguém prestasse muita atenção ao que acontecia. Só em 1998, quando uma empresa similar à Boi Gordo, a Gallus, do empresário Gelson Camargo dos Santos, conhecido como Gordo Milionário, ficou insolvente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu intervir. Gelson chegou a ter 3.000 clientes e a captar 5 milhões de reais por mês. Quebrou. A CVM estabeleceu, então, que os operadores de empresas ao estilo Boi Gordo seriam enquadrados na categoria de companhias emissoras de contratos de investimento coletivo. Sob essa nova rubrica, teriam de dar mais detalhes sobre as operações da empresa. Nada sobre o currículo dos controladores. 

 

Na semana passada, depois que a Justiça suspendeu a concordata da Fazendas Reunidas Boi Gordo, o empresário reuniu-se com alguns de seus maiores "parceiros", apelido que dá aos investidores. Chorou três vezes durante o encontro, que durou três horas no Clube São Paulo, um ambiente discreto que abriga reuniões de empresários num casarão antigo localizado no bairro de Higienópolis, na capital paulista. Propôs a eles a troca dos títulos da Boi Gordo por papéis de uma nova empresa que estaria criando, a Global Pecuária. Os credores da Boi Gordo, que está sem dinheiro em caixa, passariam a ser acionistas da Global Pecuária e teriam a chance de livrar alguns bens das garras da Justiça. Não houve decisão unânime. Os investidores ficaram de pensar no assunto. 

 

Esse foi o movimento mais recente de Paulo Roberto de Andrade. Outro, mais antigo, data do início do ano passado. Naquela época criou a empresa Colonizadora Boi Gordo. Investiu uma fortuna no novo negócio, que vende títulos em condomínios de fazendas e não é registrado na CVM – portanto não está sujeita a nenhuma fiscalização. Antes da concordata, em agosto, ele transferiu vários de seus diretores na Fazendas Reunidas para a Colonizadora. Na última sexta-feira, o jornal Folha do Estado, de Cuiabá, anunciava o empreendimento de Andrade, na cidade de Comodoro, como se fosse um novo lançamento. Ele tem 154.000 hectares de terra e recebeu investimentos de 35 milhões de reais, de acordo com a notícia. 

 

Paulo Roberto de Andrade está se mexendo para livrar algum dinheiro dos escombros da pirâmide que montou, com a Boi Gordo, e que ruiu em 15 de outubro, quando foi declarada a concordata da empresa. Pioneiro no negócio do investimento em bois, o empresário começou a operar no ramo em 1988, com uma fazenda e apenas dez boizinhos. Um mês atrás contabilizava 111 fazendas e 100.000 cabeças de gado. Simpático, bem-falante, envolvente e perspicaz, um vendedor nato, segundo quem o conhece bem, Paulo Roberto convenceu uma multidão de gente a aderir a seu projeto. As pessoas entregavam dinheiro à Boi Gordo com a promessa de que com ele seriam comprados bezerros. Quando os bois gordos fossem para o abate, dezoito meses mais tarde, os investidores teriam direito a um rendimento de 42%. Em tempos de economia estável essa remuneração é imbatível. Só o mercado de ações, em seus melhores momentos, ofereceu tanto. O empresário parecia tão eficiente e próspero que por quatro vezes foi eleito líder empresarial do setor de pecuária pelo jornal Gazeta Mercantil. Espera-se que seu futuro e o de seus investidores sejam mais prósperos que seu passado.  

 

Antecedentes criminais

Paulo Roberto de Andrade, o dono da Fazendas Reunidas Boi Gordo, foi processado nove vezes entre 1966 e 1989. Foi condenado por assalto a mão armada. Pegou pena de reclusão em São Paulo e no interior do Estado. Para todos os efeitos legais, é homem sem pendências com a Justiça. Mas tem antecedentes criminais.

 

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A identificação detalhada de Paulo Roberto de Andrade, que não deixa margem a dúvidas sobre homônimos Registro dos processos e da condenação de Andrade por assalto a mão armada, artigo 157 do Código Penal A movimentação de Andrade pelos presídios do Estado de São Paulo: foram mais de quatro anos de cadeia

 fonte: http://veja.abril.com.br/141101/p_118.html

REPORTAGEM 3

FINANÇAS - Nº EDIÇÃO: 217 | 12.OUT.01 - 10:00 | Atualizado em 12.03 - 14:10

 

EXCLUSIVO: COMO PERDI MEU BOI GORDO

Paulo Andrade diz à DINHEIRO o levou sua empresa a pedir concordata

Por Marco Damiani

Às lágrimas, ruborizado, o rei do gado perdeu a majestade. Presidente da Fazendas Reunidas Boi Gordo, concordatária desde a terça-feira 16, o empresário Paulo Roberto de Andrade disse à DINHEIRO que teme “ser confundido com um golpista aventureiro”. Um receio que tem, de saída, 27 mil bons motivos para existir. Este é o número de Certificados de Investimento Coletivo (CICs) emitidos pela empresa, nas mãos de mais de 20 mil investidores, que a partir de agora só poderão ser resgatados, se tudo der certo, dentro de dois anos. A conta espetada nos clientes é de R$ 780 milhões. “Vou trabalhar, vou lutar, vou superar isso”, disse Andrade, aos prantos, no luxuoso escritório da empresa no bairro dos Jardins, em São Paulo, horas depois de ter seu pedido de concordata aceito. “As regras da Comissão de Valores Mobiliários engessaram o meu negócio.”

Ex-rei do gado. Aos 53 anos, com pai e avô pecuaristas, Andrade ostenta o título de maior proprietário de cabeças de gado do País. Sua fama inspirou o escritor Benedito Rui Barbosa a compor o principal personagem da novela O Rei do Gado, da Rede Globo. Hoje, a Boi Gordo possui 300 mil hectares de terras em São Paulo, Mato Grosso e Rondônia, divididas entre 137 fazendas, próprias e arrendadas, nas quais mantém 150 mil cabeças de gado Nelore e Limousin. Entre seus clientes, o perfil médio é de quem tem poupanças na casa de R$ 25 mil, mas há gente famosa como o próprio Benedito Rui Barbosa e como o ator Antônio Fagundes, que protagonizou a novela e foi garoto-propaganda do negócio iniciado em 1988. Naquele ano, Andrade juntou dinheiro de 40 amigos para comprar bezerros. Prometia devolver o investimento com acréscimo de 42% dezoito meses depois, quando o gado, engordado, alcançaria o peso ideal para abate. Em seus dez anos iniciais, o negócio prosperou e formou uma milionária corrente de
investidores que chegavam a receber no prazo o investimento inicial com acréscimo de até 130%. Quase 100 mil contratos foram vendidos no período.

O sucesso atraiu para o ramo, inédito no mundo, outras empresas semelhantes à Boi Gordo. Uma delas, a Gallus, faliu em 1998, depois que se descobriu que os títulos vendidos não tinham correspondência com o número de bois comprados pela empresa. A partir daí, a Comissão de Valores Mobiliários entrou em cena e passou a estabelecer regras para o funcionamento do negócio. “Não somos responsáveis pelas companhias estarem bem ou mal”, lembra José Luis Osório, presidente da CVM. “Tudo o que fazemos como órgão regulador é impor regras que dêem ao investidor o máximo de informações e garantias à sua aplicação.” Chamado ao Rio e a Brasília para diversas reuniões, Andrade, que lutava pela regulamentação do mercado, reconhece que não soube adaptar a Boi Gordo às novas regras que criaram a figura da CIC,entre elas apresentar garantias financeiras superiores ao volume de títulos emitidos.

Credibilidade em baixa. Em fevereiro, a CVM flagrou uma emissão irregular de títulos pela empresa no valor de R$ 80 milhões, para a venda de dois milhões de arrobas. Com a investigação aberta, novas emissões ficaram suspensas por cinco meses. Nesse período a Boi Gordo resgatou títulos de clientes no valor de R$ 237 milhões. Quando a empresa resolveu vender ações e se capitalizar, em setembro, a mistura de credibilidade em baixa com caixa negativo mostrou-se explosiva. “É difícil dizer ao cliente a hora certa de pedir uma concordata”, diz o advogado Ariosvaldo Mattos Filho, ex-presidente da CVM, contratado pela empresa. Na semana passada, o telefone da CVM recebeu centenas de ligações de clientes atrás de informações sobre suas poupanças. Pela concordata, a Boi Gordo tem de saldar 40% de suas dívidas no primeiro ano e 60% no segundo. “Estou tranqüilo”, diz o piloto Ingo Hoffman, outro que investiu no gado. “Já ganhei dinheiro com eles. Eles vão sair dessa.”

APLICAÇÕES DA RADIAÇÃO NUCLEAR

DINHEIRO – Boi gordo é mau negócio?
PAULO ROBERTO DE ANDRADE – Não. Chegamos a dar rentabilidade superior a 130% para contratos de 18 meses, quando investimentos nos bancos não renderam nem metade. A culpa não é do boi.

DINHEIRO – De quem é?
ANDRADE Tivemos de nos adaptar, com muita dificuldade, a medidas excessivamente financeiras impostas pela Comissão de Valores Mobiliários. Fizemos isso com muita dificuldade, porque somos uma empresa caipira. Entendemos de campo, não de mercado financeiro. A CVM tem 30 fiscais para olhar todas as companhias de capital aberto. Como é possível um deles subir no lombo de um burro para ver se eu tenho boi no pasto para saldar os meus contratos?

DINHEIRO – Por que o sr. não pediu concordata antes?
ANDRADE – Eu sempre acreditei e continuo acreditando no meu negócio. Por isso insisti até quando não deu mais.

DINHEIRO – Como o sr. pretende levantar a concordata?
ANDRADE – Ainda não sei. Se precisar, vendemos terra. Também vamos ver se é possível trocar títulos por ações da empresa. Vou investir em genética, colocar os bois em semi-confinamento para engordarem em sete meses o que engordariam em 18. Parceiros vão me ajudar.

DINHEIRO – Como fica o investidor comum?
ANDRADE – Vou pagar a todos. Não sou aventureiro, minha família tem cem anos na pecuária. Eu sei que as pessoas que têm títulos comigo terão a paciência diminuída pela necessidade. A concordata é fria, não diferencia socialmente as pessoas, mas vou pagar todos (choro).

FONTE: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/15515_EXCLUSIVO+COMO+PERDI+MEU+BOI+GORDO

 

5) Madoff e a fraude bilionária em Wall Street

Dos mais altos círculos de Wall Street à sentença de 150 anos de prisão, Bernard Lawrence Madoff (foto) amealhou bilhões com o maior esquema de Ponzi da história. Considerado um dos mais bem sucedidos gerentes de investimento de Nova York, Madoff administrou os recursos de 16.000 vítimas, entre figuras carimbadas do show business, tubarões do mercado financeiro, instituições financeiras e bancos - inclusive brasileiros - em um negócio que funcionou por longos 16 anos.

O canto da sereia era a proposta de rendimento de 1% ao mês. Com a fama consolidada, novos clientes nunca deixaram de lhe bater à porta. Parte do dinheiro recolhido nunca foi investida. A outra parte servia para remunerar os que solicitavam o resgate. Estima-se que os investidores tenham perdid

o entre 12 e 20 bilhões de dólares ao longo dos anos. Em 2009, Madoff foi condenado por 11 crimes, entre fraude contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e perjúrio.

O Caso Madoff - 1 de 6

6) Avestruz Master e a criação de aves que não existiam

Fundado em Goiânia em 1998, o grupo Avestruz Master oferecia contratos de compra e venda de avestruzes com compromisso de recompra dos animais. Assim, quem investisse em uma ave com 18 meses de vida, ganharia um retorno de 10% sobre a aplicação até o mês em que a avestruz fosse readquirida pela empresa. O lucro seria assegurado pela suposta exportação da carne. Mas o negócio propriamente dito jamais chegou a ir para frente: em sete anos de operação, nenhuma ave foi abatida. Na teoria, a Avestruz Master teria comercializado mais de 600 mil animais. Na prática, só possuía 38 mil.
Apostando antes na propaganda do que nas aves em si, o grupo conquistou 40.000 investidores no Brasil, 30.000 deles só no estado de Goiás. Para engordar a base da pirâmide, foram gastos 4 milhões de reais em publicidade em 2004 - e apenas 100.000 reais em ração para as avestruzes. Quando a pirâmide ruiu em 2005, a empresa fechou as portas e seus sócios fugiram para o Paraguai. Em 2010, a Justiça Federal condenou os dois filhos e o genro do dono da Avestruz Master a indenizar os investidores em 100 milhões de reais. Jerson Maciel, controlador do grupo, morrera dois anos antes da decisão. Os acusados também receberam penas de 12 a 13 anos de prisão. A execução da indenização, contudo, só irá acontecer quando todos os recursos judiciais tiverem se esgotado. Se executada, ela não será suficiente para cobrir o prejuízo total amargado pelos investidores, estimado em 1 bilhão de reais.

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APOSTILA DA HP-12C 

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CALCULADORA ‘HP-12C’ - RESUMO DO MANUAL DE USO P/DISCIPLINA DE MÉTODOS E MEDIDAS

 

 

 

1)- Separar os milhares com “pontos” e os decimais ou centavos com “virgulas”: Desligar a calculadora. Apertar e segurar a tecla [ . ] com um dos dedos e com outro dedo Ligar a calculadora e após isto, soltar as teclas.

 

2)- Programar a calculadora para proceder cálculos exatos de juros:  digitar a tecla [ STO ] e [ EEX ]. Obs. aparece no canto inferior direito do visor, a letra “ C ”,  que significa que a calculadora está programada.

 

3)- Programar a calculadora para uso do calendário no formato “dia/mês/ano”:  digitar a tecla [ g ] e [ D.MY ]. Obs. aparece no canto inferior direito do visor as letras  “ D.MY ”.

 

4)- Programar a calculadora para fixar número de casas decimais no visor da calculadora: digitar a tecla [ f ] e o nº de casas decimais que desejar.  Obs. este procedimento não quer dizer que os valores estão arredondados, pois há valores decimais que não aprecem no visor  mas que  estão na memória da calculadora.

 

5)- Limpar a memória da calculadora  antes de qualquer cálculo. 

Digitar  [ f ] [ CLX ]     e   [ g ] [ CLX ]

 

6)- Se aparecer  no meio da parte inferior  do visor da calculadora, a  palavra “ BEGIN ”, deve ser eliminado, digitando as teclas [ g ] [ END ]., de forma que não apareça a expressão “BEGIN”.

 

 

 

CÁLCULO COM CALENDÁRIO. Obs.: digitar a “data” seguido de [ . ] , “nº do mês” e “ano” com os nº da milhar.

 

  Obs.: Dias da semana na calculadora aparece “ em número de 1 a 7 ” no canto superior direito e distante da data, onde:  “1” é segunda-feira ; “2” é terça ; “3” é quarta ; “4” é quinta ; “5” é sexta ;  “6” é sábado  e  “7” é domingo.

 

1)- Para saber o número de dias de uma data para outra:  Exemplo: Qual o  número de dias decorridos de 31-janeiro-2001  a  20-março-2001.   Digitar  [f]  [CLX]  [31.012001]  [enter]  [20.032001]  [g]  [DDYS]  Aparece no visor o resultado que é 48 dias  -> Obs. Se você quer saber quantos dias que você já viveu nesta vida, digite a data do nascimento e a data de hoje., utilizando-se da forma acima.

 

2)- Para saber a data do vencimento futuro.  Exemplo: Qual o vencimento com 48 dias de prazo, a partir de 31-janeiro-2001.  Digitar: 

[f]  [CLX]  [31.012001]  [enter]  [48]  [g]  [DATE] :

Aparece no visor [ 20.03.2001   2 ] ou seja, 20-março-2001 Obs. o número “ 2 ” que aparece no final do visor, significa o “ dia da semana ”, que no caso significa “Terça-feira”.

 

3)- Para saber a data do vencimento passado. Exemplo: Qual o vencimento com 48 dias anterior a data, a partir de  20-março-2001.   

Digitar [f]  [CLX]  [20.032001]  [enter]  [48]  [CHS]  [g]  [DATE] : Aparece no visor [ 31.01.2001   3 ] ou seja, 31-janeiro-2001 Obs. o número “ 3 ” que aparece no final do visor, significa o “ dia da semana ”, que no caso significa “quarta feira”.  Obs.: Para saber em que dia da semana você nasceu, faça o procedimento “ 1 ”  e na seqüência o procedimento “ 3 ” .

 

 

 

CÁLCULO DO JURO SIMPLES:   

Fórmula:       J  =  C . i . n               M =  C ( 1 + i )

 

 Para cálculo do Juro Simples, deve obedecer o seguinte: A ‘taxa de juros” deve ser “anual” e digitado em número percentual e não em taxa unitária;  o “prazo” deve ser em “dias”  :

 

- Exemplo: Determinar o valor do juro simples de um capital de R$ 1.000,00,  prazo de 3 meses e juros de 4 % ao mês.  Obs.  Antes de iniciar os cálculos, os dados do problema devem ser adequados p/condições observadas acima, ou seja, transformar a “taxa de juros”  em “taxa anual”  e transformar o “prazo” em “nº de dias”. Feito os procedimentos, teremos os seguintes dados do problema:  J = ?   ;  C = 1000  ;  i = 48 %  ;  n = 90 dias.   Digitar:  [f]  [CLX]  [1000]  [CHS]  [PV]  [48]  [i]  [90]  [n] [f]  [INT]  = resultado no visor = 120,00, que é o valor do juro simples.  Obs.: se digitar  [f]  [INT]  [ + ]  resultado no visor será = 1.120,00, que significa o valor do capital +  valor dos juros, ou seja o valor do “montante’. 

Se digitar [f]  [INT] [ - ]  resultado no visor será = 880,00, que significa o valor do capital descontado dos juros, ou seja, o “valor líquido”.

 

 

 

CÁLCULO DO DESCONTO SIMPLES :   

Fórmula:        d = N . i . n            A  =  N ( 1 - i . n )

 

Para cálculo do Desconto Simples, deve obedecer o seguinte: A ‘taxa de juros” deve ser “anual” e digitado em número percentual e não em taxa unitária;  o “prazo” deve ser em “dias”  :

 

- Exemplo: Determinar o valor do  Desconto Simples de um  título no valor de R$ 1.000,00,  prazo  de 3 meses e juros de 4 % ao mês.  Obs.  Antes de iniciar os cálculos, os dados do problema devem ser adequados p/condições observadas acima, ou seja, transformar a “taxa de juros”  em “taxa anual”  e transformar o “prazo” em “nº de dias”. Feito os procedimentos, teremos os seguintes dados do problema:  d= ?   ;  N = 1000  ;  i = 48 %  ;  n = 90 dias. 

Digitar:  [f]  [CLX]  [1000]  [CHS]  [PV]  [48]  [i]  [90]  [n]  [f]  [INT]  = resultado no visor = 120,00, que é o valor do  desconto  simples.  Obs.: se digitar  [f]   [INT]  [ - ]  resultado  no visor será = 880,00, que  é o valor do  título,  descontado do valor dos juros, ou seja,  “valor líquido’ ,  que é o “ A “

 

 

 

CÁLCULO DO JURO COMPOSTO:     

Fórmula:  J  =  C ( 1 + i )  n  - C     ou      J  =   M  -  C      M  =  C ( 1 + i )n     

 

Para o cálculo do Juro Composto, deve obedecer aos seguintes procedimentos:  A taxa de juros deve ser informada em percentual e não em taxa unitária.  A taxa de juro e o prazo, devem ser definidos em uma mesma “unidade de medida”  e de “acordo com o período de capitalização”, ou seja,  se a forma de capitalização for “mensal”, a taxa de juro e o prazo devem ser transformado em mensal; se a forma de capitalização for “trimestral”, a taxa de juro e o prazo devem ser transformados em trimestral  e assim por diante..

 

Teclas  utilizadas: [ n ] = prazo ou  nº de período ; [ i ]  = taxa de juro por período de capitalização ;  [ PV ] = valor do capital  ou Valor Presente  e 

[ FV ] =  valor do montante  ou Valor Futuro

 

- Exemplo:  Determinar o Montante de um capital de R$ 1.000,00 que foi aplicado pelo prazo de  1 ano a uma taxa de juros de 2 % ao  mês, capitalizados trimestralmente. Obs.: Antes de iniciar os cálculos, devem ser observados os procedimentos acima, que são a transformação em uma mesma unidade de medida da taxa de juros com o respectivo prazo. No caso do exemplo, devemos transformar a taxa de juros e o prazo em “trimestre”.  Efetuando-se os procedimentos de transformação, temos os seguintes valores: 

C = 1.000,00;   i =  6 %  ( 2 %  x  3 meses )  ;  n = 4  ( 1 ano  = 12 mês : 3  mês ) .

 

- Digitação dos cálculos:

 [f]  [CLX]  [1000]  [CHS]  [PV]  [6]  [i]  [4]  [n]  [FV]  O resultado no visor é de  M = 1.262,48 , que corresponde ao montante da operação, ou seja, o capital acrescido dos juros “capitalizados trimestralmente”.

 

-  Digitação  sem a formula da calculadora: 

M  = 1000 ( 1 + 0.06 ) 4  >  [f]  [CLX]  [1000]  [enter]  [1.06]  [enter]  [4]  [Yx ]  [x]  =  Resultado final =  M = 1.262,48

 

- Obs: Se tiver o valor do “M”; a taxa de juros “i”; o prazo “n”, e não tiver o valor do “ C ”   tomando-se o exemplo acima, digitar o seguinte:  

[ f ]  [CLX]  [1262,48]  [CHS]  [FV]  [6]  [i]  [4]  [n ]  [ PV ] = o resultado do visor  é = 1000,00

 

- Obs: Se tiver o valor do “C”; valor do “M”; a taxa de juros “i” e não tiver o prazo “ n ”,  tomando-se o exemplo acima, digitar o seguinte:  

[ f ]  [CLX]  [1000]  [CHS]  [PV]  [1262,48]  [FV]  [6]  [i]  [ n ] = o resultado do visor  é = 4

 

- Obs: Se tiver o valor do “C”; valor do “M”; o prazo “n”  e não tiver a taxa “ i ”,  tomando-se o exemplo acima, digitar o seguinte:   [ f ]  [CLX]  [1000]  [CHS]  [PV]  [1262,48]  [FV]  [4]  [n]  [ i ] = o resultado do visor  é = 6

 

 

 

 

 

CÁLCULO DA CAPITALIZAÇÃO E AMORTIZAÇÃO COMPOSTA  ( CALCULADORA HP 12 C )

 

Para o cálculo do Juro Composto, referentes a capitalização e amortização, deve obedecer aos mesmos procedimentos no tocante a " taxa de juros " e o " prazo

 

Teclas  utilizadas: [ n ] = prazo ou  nº de período ; [ i ]  = taxa de juro em percentual por período de capitalização ;  [ PV ] = valor do capital  ou Valor Presente  ;  [ FV ] =  valor do montante  ou Valor Futuro  e [ PMT ] = valor da prestação (parcela)

 

- Exemplo:  Determinar o Montante de um capital de R$ 1.000,00 que foi aplicado pelo prazo de  1 ano a uma taxa de juros de 2 % ao  mês, capitalizados trimestralmente. Obs.: Antes de iniciar os cálculos, devem ser observados os procedimentos acima, que são a transformação em uma mesma unidade de medida da taxa de juros com o respectivo prazo. No caso do exemplo, devemos transformar a taxa de juros e o prazo em “trimestre”.  Efetuando-se os procedimentos de transformação, temos os seguintes valores: 

C = 1.000,00;   i =  6 %  ( 2 %  x  3 meses )  ;  n = 4 

( 1 ano  = 12 mês : 3  mês ) .

 

- Digitação dos cálculos:

 [f]  [CLX]  [1000]  [CHS]  [PV]  [6]  [i]  [4]  [n]  [FV]  O resultado no visor é de  M = 1.262,48 , que corresponde ao montante da operação, ou seja, o capital acrescido dos juros “capitalizados trimestralmente”.

 

-  Digitação  sem a formula da calculadora: 

M  = 1000 ( 1 + 0.06 ) 4  >  [f]  [CLX]  [1000]  [enter]  [1.06]  [enter]  [4]  [Yx ]  [x]  =  Resultado final =  M = 1.262,48

 

- Obs: Se tiver o valor do “M”; a taxa de juros “i”; o prazo “n”, e não tiver o valor do “ C ”   tomando-se o exemplo acima, digitar o seguinte:   [ f ]  [CLX]  [1262,48]  [CHS]  [FV]  [6]  [i]  [4]  [n ]  [ PV ] = o resultado do visor  é = 1000,00

 

- Obs: Se tiver o valor do “C”; valor do “M”; a taxa de juros “i” e não tiver o prazo “ n ”,  tomando-se o exemplo acima, digitar o seguinte:  

[ f ]  [CLX]  [1000]  [CHS]  [PV]  [1262,48]  [FV]  [6]  [i]  [ n ] = o resultado do visor  é = 4

 

- Obs: Se tiver o valor do “C”; valor do “M”; o prazo “n”  e não tiver a taxa “ i,  tomando-se o exemplo acima, digitar o seguinte:

 

   [ f ]  [CLX]  [1000]  [CHS]  [PV]  [1262,48]  [FV]  [4]  [n]  [ i ] = o resultado do visor  é = 6

 

 

 

Outras Funções utilizadas na disciplina:

 

1)- Potenciação: Exemplo: Determinar o calculo “1233”   =>

digitar: [f] [CLX] [123] [ENTER] [3] [ yx ]  => o resultado é = 1.860.867

 

2)- Logarítimo: Ex.: Calcular o logarítimo de “12,34”=>

digitar [f] [CLX] [12.34] [g] [LN] [10] [g] [LN] [¸] => o resultado é = 1,091315

 

3)- Raíz de “x”: Ex. Calcular a Raíz de “18”  do número “1234” => digitar: [f] [CLX] [1234] [ENTER] [18] [1/x] [yx] => o resultado é = 1,485045

 

4)- Estatística: Exemplo: Dados das amostras: 388, 434, 418, 396, 399 e 407

 

a-       Entrada de dados das amostras = [f] [CLX]­ [388] [∑+] [434] ] [∑+] [418] [∑+] [396] [∑+] [399] [∑+] [407] [∑+]

 

b-       Calculo da média da amostra acima = [g] [μ] = [ 407 ]

 

c-        Cálculo do Desvio padrão da amostra = [g] [s] = [ 16,7093 ]

 

5)- Programando na calculadora HP - Obs. Como exemplo, calculo da demanda para 12 meses = D(12) =  12.μ + 2 √ 12 . σ n-1

 

      Obs. Utilizando dos mesmos dados das amostras inseridas na calculadora, podemos programar o calculo da demanda para 12 meses como pode-se ver a seguir:

 

      [f] [P/R] [f] [PRGM] [g] [μ] [12] [x] [g] [s] [12] [g] [√] [x] [2] [x] [+] [+] [f] [P/R]  =  5000

 

6)- Programação Linear – calculo da equação da reta >  Yc = a + b.x   > Exemplo:  X = 36; 46; 28; 22; 38

 

     a – entrada de dados na calculadora HP                                                                Y = 21; 39; 18; 12; 26

 

    [f] [CLX] [21] [enter] [36][å+] [39] [enter] [46][å+] [18] [enter] [28 ][å+] [12] [enter] [22][å+] [26] [enter] [38][å+]

 

     b –  calculo da média de x = [CLS][g][0] = 34 ; c  - calculo da média de y = [CLX] [g][0][x><,y] 23="" 2="" span="">

 

     d – calculo do Coeficiente de Correlação = [CLX]  [g] [1] [x>

 

     e – calculo do valor do Yc = a + b.x  =>(onde x = 36)   =>  [CLX] [36] [g] [2] = 25,3046

 

     f – calculo do valor de A => [CLX] [clx] [g] [2]  =  -12,5790697

 

7)- Mais funções:  na parte do verso (atrás) da calculadora, constam diversas funções com as respectivas formulas.

 

 

 

  Calculo do Gradiente: Exemplo: G= 200,00; n= 5; i= 2,0% P= ?

 

    [f] [CLX] [0] [g] [CFj] [200] [g] [CFj] [400][g] [CFj] [600] [g ][CFj] [800] [g] [CFj][2] [i] [f] [NPV]= 1.848,05

 

 

 

    [f] [CLX] [1848,05][CHS][PV][5][n][2][i][PMT] = 392,08

 

 

 

    [f][CLX][392,08][CHS][PMT][5][n][2][i][FV] = 2.040,40

 

HISTÓRIA DO OURO

Ouro Como ele Surgiu - [1 de 3] - Riqueza Natural

Ouro Como ele Surgiu - [2 de 3] - Riqueza Natural

Ouro Como ele Surgiu - [3 de 3] - Riqueza Natural


 

 

ouro (do latim aurum, "brilhante") é um elemento químico de número atómico 79 (79 prótons e 79 elétrons) que está situado no grupo onze (IB) da tabela periódica, e de massa atómica 197 u. O seu símbolo é Au (do latim aurum).

Conhecido desde a Antiguidade, o ouro é utilizado de forma generalizada em joalhariaindústria e eletrônica, bem como reserva de valor.

Características principais

É um metal de transição brilhante, amarelo, denso, maleáveldúctil (trivalente e univalente) que não reage com a maioria dos produtos químicos, mas é sensível ao cloro e ao bromo. À temperatura ambiente, apresenta-se noestado sólido. Este metal encontra-se normalmente em estado puro e em forma de pepitas e depósitos aluvionais e é um dos metais tradicionalmente usados para cunhar moeda. É tão dúctil e maleável que, com apenas um grama de ouro, é possível obter um fio de 3 quilômetros de extensão e 0,005 milímetros de diâmetro, ou uma lâmina quadrada de 70 centímetros de largura e espessura de 0,1 micrômetro.

O ouro puro é demasiadamente mole para ser usado. Por essa razão, geralmente é endurecido formando liga metálica com prata e cobre. O ouro e as suas diversas ligas metálicas são muito empregados em joalherias, fabricação de moedas e como padrão monetário em muitos países. Devido à sua boa condutividade elétrica, resistência à corrosão e uma boa combinação de propriedades físicas e químicas, apresenta diversas aplicações industriais.

História

 
Antiga moeda em ouro.

O ouro é conhecido desde a Antiguidade, sendo certamente um dos primeiros metais trabalhados pelo Homem. Conhecido na Suméria, noEgipto existem hieróglifos egípcios de 2600 a.C. que descrevem o metal, que é referido em várias passagens no Antigo Testamento. É considerado como um dos metais mais preciosos, tendo o seu valor sido empregue como padrão para muitas moedas ao longo da história.

Aplicações

  • O ouro exerce funções críticas em computadores, comunicaçõesnaves espaciais, motores de reação na aviação, e em diversos outros produtos.
  • A sua elevada condutividade elétrica e resistência à oxidação têm permitido um amplo uso emeletrodeposição, ou seja, cobrir com uma camada de ouro por meio eletrolítico as superfícies de conexões elétricas, para assegurar uma conexão de baixa resistência elétrica e livre do ataque químico do meio. O mesmo processo pode ser utilizado para a douragem de peças, aumentando a sua beleza e valor.
  • Como a prata, o ouro pode formar amálgamas com o mercúrio que, algumas vezes, é empregado em restaurações dentárias.
  • O ouro coloidal (nano-partículas de ouro) é uma solução intensamente colorida que está sendo pesquisada para fins médicos e biológicos. Esta forma coloidal também é empregada para criar pinturas douradas emcerâmicas.
  • O ácido cloroáurico é empregado em fotografias.
  • isótopo de ouro Au, com meia-vida de 2,7 dias, é usado em alguns tratamentos de câncer e em outras enfermidades.
  • É empregado para o recobrimento de materiais biológicos, permitindo a visualização através do microscópioeletrônico de varredura (SEM).
  • Utilizado como cobertura protetora em muitos satélites porque é um bom refletor de luz infravermelha.

Simbologia do ouro

O ouro é usado como símbolo de pureza, valor, realeza e ostentação. O principal objetivo dos alquimistas era produzir ouro a partir de outras substâncias, como o chumbo.

Muitas competições premiam o vencedor da competição com medalha de ouro, o segundo colocado commedalha de prata , e o terceiro colocado com medalha de bronze = cobre (os três pertencentes ao mesmo grupo(11) da tabela periódica dos elementos).

Papel biológico

O ouro não é um elemento químico essencial para nenhum ser vivo. Alguns tiolatos (ou semelhantes) de ouro (I) são empregados como anti-inflamatórios no tratamento de artrites reumatoides e outras enfermidades reumáticas. O funcionamento destes sais de ouro não é bem conhecido. O uso do ouro em medicina é conhecido como crisoterapia.

A maioria destes compostos são pouco solúveis, portanto devem ser injetados. Alguns são mais solúveis e podem ser administrados via oral, sendo melhor tolerados. Este tratamento pode apresentar efeitos secundários, geralmente leves, porém é a primeira causa do abandono do tratamento pelos pacientes.

Compostos

Apesar de ser um metal nobre ( devido a baixa reatividade ) forma diversos compostos, sendo o tricloreto de ouro( AuCl3 ) e o ácido cloroáurico ( HAuCl4 ) os dois dos compostos mais comuns do ouro. Geralmente, nestes compostos, apresenta estados de oxidação +1 e +3.

Forma também óxido de ouro (III), Au2O3, halogenetos e complexos com estados de oxidação +1 e +3. Existem, ainda, alguns complexos raros de ouro com estados de oxidação +2 e +5. Estes apresentam baixos índices de coordenação e apresentam tendência a linearidade: L-Au-L.

Quando ocorrem ligações químicas entre os próprios átomos de ouro formam os chamados cúmulos de ouro ( compostos cluster ). Alguns deles são denominados ouro líquido.

Abundância e obtenção

 
Pepita de ouro.

Por ser relativamente inerte, pode-se encontrá-lo como metal, as vezes como pepitas grandes, mas geralmente se encontra em pequenas inclusões em alguns minerais, como quartzo, rochas metamórficas e depósitos aluviares originados dessas fontes. O ouro está amplamente distribuído, e amiúde encontra-se associado ao quartzo e pirite. É comum como impureza em muito minérios, de onde é extraído como subproduto. Como mineral é encontrado na forma de calaverita, um telureto de ouro. AÁfrica do Sul é o principal produtor de ouro, extraindo aproximadamente dois terços de toda a procura mundial deste metal.

O ouro é extraído por um processo denominado lixiviação com cianeto. O uso do cianeto facilita a oxidação do ouro formando-se (CN)2 em dissolução. Para separar o ouro da solução procede-se a reduçãoempregando,por exemplo, o zinco. Tem-se tentado substituir o cianeto por outro ligante devido aos problemas ambientais que gera, porém não são rentáveis ou também são tóxicos.

Espalhado em toda a crosta terrestre numa baixíssima concentração média (5 gramas em 1000 toneladas), e mais baixa ainda nas águas dos oceanos (de 0,1 µg/kg a 2 µg/kg), onde se estima haver bilhões de toneladas de ouro mas de exploração economicamente inviável pelos métodos atuais (um trilhão de litros de água do mar contém 120 kg, ou 1 quilo em mais de 8,3 bilhões de litros, a água consumida por uma cidade como São Paulo em mais de 10 anos). As minas onde o ouro se encontra em teores econômicos têm geralmente acima de 3 gramas por tonelada; se o mesmo teor fosse encontrado no mar, 1 trilhão de litros poderia fornecer 3 mil toneladas de ouro.

Isótopos

Existe somente um isótopo estável do ouro ( Au-197 ), porém existem 18 radioisótopos, sendo o Au-195 o mais estável com uma meia-vida de 186 dias.

Precauções

corpo humano não absorve bem este metal, e seus compostos não são muito tóxicos. Até 50% dos pacientes com artrose, tratados com medicamentos que contém ouro, têm sofrido danos hepáticos e renais.

Antídoto e tratamento de emergência

BAL (British antiLewisite, é o 2,3-dimercaptopropanol) é um agente quelante usado no tratamento do envenenamento pelo ouro. Doses adequadas de BAL devem ser dadas para assegurar um excesso de BAL livre. Uma concentração insuficiente de BAL pode permitir a dissociação do complexo BAL-Au. Este quelato dissocia-se mais rapidamente numa urina ácida; deve existir uma função renal adequada para permitir a eliminação completa do complexo.

O ouro como mercadoria

 
Evolução do preço do ouro (1334-1999).

O mercado de ouro, assim como o mercado de ações, integra o grupo dos chamados mercados de risco já que suas cotações variam segundo a lei da oferta e da procura. No mercado internacional, os principais centros que negociam ouro são Londres e Zurique onde o ouro é negociado no mercado de balcão e não via bolsas. Outro grande centro de negócios é a Bolsa de Mercadorias de Nova York (COMEX) onde só se opera em mercado futuro. Há também nesta praça um forte mercado de balcão para o ouro físico.

As operações com ouro no Brasil

No Brasil, o maior volume de comercialização de ouro se faz através da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), que é a única no mundo que comercializa ouro no mercado físico. As cotações do ouro, no exterior, são feitas em relação à onça troy, que equivale a 31,104g. No Brasil, a cotação é feita em reais por grama de ouro puro. O preço do ouro, no Brasil, vincula-se, historicamente, às cotações de Londres e Nova York, refletindo, portanto, as expectativas do mercado internacional. Sofre, entretanto, influência direta das perspectivas do mercado interno e, principalmente, das cotações do dólar flutuante. Assim o preço interno é calculado diretamente segundo as variações do preço do dólar no mercado flutuante e dos preços do metal na bolsa de Nova York. O preço do grama do ouro em reais, calculado a partir do preço da onça em dólares (pela cotação do dólar flutuante) fornece um referencial de preços. Tradicionalmente, a cotação da BM&F mantém a paridade com este valor referencial variando 2%, em média, para baixo ou para cima. Existem dois tipos de investidores no mercado de ouro no Brasil: o investidor tradicional - que utiliza o ouro como reserva de valor -, e o especulador - que está à procura de ganhos imediatos e de olho na relação ouro/dólar/ações procurando a melhor alternativa do momento. Atualmente há dois mercados no Brasil para o ouro:

  1. mercado de balcão - operações são fechadas via telefone; após o pagamento, o comprador tem duas opções deixar o ouro depositado em custódia em uma instituição financeira, levando consigo um certificado de custódia; retirar fisicamente a quantidade de ouro adquirida.
  2. mercado spot nas bolsas - a entrega do ouro se dá em 24 horas, os volumes negociados são transferidos automaticamente entre as contas dos clientes em diferentes bancos, sem que o metal passe pelas mãos de quem negocia.

No mercado de bolsas, trocam se certificados de propriedade. Em qualquer caso, a responsabilidade pela qualidade do metal é da fundidora e não do banco, que é apenas o depositário.

Provas de Ouro

São mundialmente reconhecidas as seguintes provas de ouro: 375, 500, 583, 585, 750, 958, 996, 999,9 (usada na industria aeroespacial). Encontra-se com maior frequência a mistura (liga) de ouro com o nº 583. As ligas desta prova podem ter diferentes cores, dependendo da quantidade e composição dos metais. Por exemplo, se na liga de ouro da prova nº 583 (58,3% de ouro) contém cerca de 36% de prata e cobre 5,7%. Esta liga tem um tom de cor ligeiramente verde, se for 18,3% de prata e 23,4% de cobre - fica com cor de rosa, se for 8,3% de prata e 33,4% de cobre - uma cor avermelhada. Ouro com a prova nº 958 é de três componentes, para além de ouro contém prata e cobre e é usado, geralmente, para fazer alianças. Esta liga tem uma cor amarela-forte e é próxima de cor de ouro puro. Na liga nº 750 também existe cobre e prata, mas às vezes podem ser usadospaládioníquel ou zinco. Tem uma cor amarela-esverdeada, também tons avermelhados até a cor branca. Esta liga é facilmente difundida, mas se contém mais de 16% de cobre a cor perde gradualmente o seu brilho. A liga de prova nº 375 normalmente contém: ouro 37,5%, prata 10,0%, cobre 48,7%, paládio 3,8% e é usada para fazer alianças. Também existe uma vasta utilização de "ouro branco", que contém:

Referências

  1.  Ernest Merian. Elements and Their Compounds in the Environment. [S.l.]: Wiley-VCH, 2004. ISBN 9783527304592

Ligações externas

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OURO - NEGÓCIOS

Economia & Negócios comenta o mercado de ouro no Brasil

Ouro atinge maior cotação na história 2/8/2011

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Ouro atinge maior alta em 30 anos e provoca correria no Japão

Investimento em Ouro e Prata

Porque o ouro atrai tanto?

BRADESCO INVESTIMENTOS - OURO

http://www.xn--preodoouro-q6a.com/

 

O que significa liquidez?

Como funcionam os Bancos


 

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Prata o Dinheiro do Futuro Próximo

 

Há alguns anos atrás, no final da década de 80, quando comentávamos sobre nossa intenção em começar a investir em ouro (cuja cotação estava então em torno de R$10,00 o grama), chegamos a ser motivo de chacota por alguns céticos sobre os investimentos em metais preciosos (hoje, entendemos que não se tratava de mero ceticismo, mas de lamentável ignorância sobre o mercado financeiro internacional).

Passados 20 anos, chegou a nossa hora de rir. Basta consultar os dados no nosso site e verificar as evidências incontestáveis de que investir em metais preciosos é não somente um excelente negócio, mas também terminará, em muito em breve, por se transformar em uma literal tábua de salvação do naufrágio financeiro que já começou a afundar enormes corporações financeiras pelo mundo afora.

Pequenos, médios e grandes investidores se encontram, HOJE, debaixo de uma grande marquise prestes a desabar. E o pior é que ainda não se deram conta de que as rachaduras na estrutura da marquise são irrecuperáveis. E grande parte dessa postura indecisa, titubeante e perigosa de muitos investidores (e também de poupadores) é devido à falsa propaganda da mídia vendida que assevera que tudo irá bem. E a situação é ainda mais grave no Brasil, cuja economia ruma rumo ao ralo, mas os fatos econômicos são deliberadamente escondidos da opinião pública.

Grandes emissoras de televisão, rádios e jornais (a chamada grande mídia) pouco se importam com o que está por vir, desde que recebam seus quinhões pelas verbas publicitárias de empresas estatais como a Petrobrás, a Caixa Econômica, Banco do Brasil, além das verbas deste ou daquele órgão governamental. Por isso a verdade é obstaculizada pela ganância e pela perversidade de pessoas que parecem nem mesmo se preocupar com o futuro de seus próprios filhos, os quais terão, obrigatoriamente, de remar contra uma maré incomparavelmente mais bravia do que a atual.

Não desejamos ser apelativos e muito menos sensacionalistas oportunistas, mas a realidade é que a catástrofe financeira que já se espalha pelo mundo já provocou até mesmo suicídios. E a tragédia econômica que ainda se verá no futuro promete causar ainda muito mais perdas.

O que fazer então? Como obter dados e referências que nos possam orientar diante da baderna financeira e política em que se encontram muitas nações, destacadamente o Brasil? A resposta é a História.

Fatos históricos são incontestáveis. O máximo que se pode fazer quando não se deseja atentar para eles é ignorá-los, embora a experiência humana demonstre que tal atitude é pra lá de estúpida, além de ser perigosa.

Muita gente desconhece o que, de fato, ocorreu durante as duas grandes guerras mundiais, 1914-1918 e 1939-1945, respectivamente. Em ambas as ocasiões, as economias das nações envolvidas nos conflitos (excetuando-se, parcialmente, a economia norte-americana) entraram em um colapso com detalhes tão mórbidos que justamente por não desejarmos ser apelativos não os mencionaremos. A realidade, todavia, era a pior possível e foram-se economias de décadas, e até de séculos, por água abaixo em questão de DIAS!

Os dados históricos mostram que os custos da recuperação da economia européia, por exemplo, foram muito mais elevados do que comumente é divulgado. Se comer pão era um luxo, o que dizer então sobre investimentos? O escambo se tornou a prática econômica mais viável do dia a dia (tal como hoje acontece no Zimbábue, arruinado por uma inflação que transformou seu papel moeda em mera peça de souvenir macabro). Todavia, mesmo em meio a um caos, à época sem precedentes, houve um meio de troca, de investimento e até de reserva financeira, que sobreviveu a todas as bombas e demolições, a saber: a Prata.

Foi com o uso da prata que alguns europeus conseguiram não somente sobreviver, mas até mesmo reiniciar seus negócios em meio a uma Europa devastada e faminta. Em muitas situações o acesso ao ouro era completamente inviável, até mesmo porque os alemães do Partido dos Trabalhadores da Alemanha Nazista tiveram a preocupação de surrupiar todo o ouro que puderam, chegando a enterrar enormes quantidades de ouro nos Alpes. E até hoje, parte desse ouro é motivo de litígio em cortes internacionais.

A melhor, e em alguns casos a única, alternativa ao ouro era a prata, essa mesma prata que propiciou, como já dito, não só a sobrevivência de muitos, mas também o soerguimento econômico de empreendedores e de investidores mais sábios, os quais, rapidamente, se puseram a anos luz de distância da esmagadora maioria dos europeus, e a prata foi o veículo para essa possibilidade.

Desde cerca de 6000 AC a prata tem servido como meio de troca e de acumulação de riqueza.

Durante a famosa fome no Egito, nos tempos dos Faraós, o sábio hebreu José reergueu o Estado egípcio pela prata e pelo ouro. As pessoas famintas trocavam toda a sua prata por comida, e os mantimentos disponíveis eram somente aqueles que José, filho de Jacó, havia armazenado durante sete anos, preparando o Egito para a fome que também duraria sete anos. José era o administrador do Império Egípcio, e por sua sabedoria e inteligência fez passar às mãos do Faraó todo o dinheiro (prata) arrecadado, e foi com essa prata que José garantiu as possessões territoriais do Faraó, comprando com prata os territórios do Egito.

Hoje, 2010, há mais do que farta quantidade de dados que demonstram que o preço da prata se encontra completamente aquém do que realmente ela vale. Parte dessa subvalorização da prata é ainda devido à óbvia estratégia econômica de nações e de investidores em buscar a acumulação de ouro, o qual vale mais do que a prata. Todavia, chegaremos a um ponto onde a aquisição de ouro se tornará caríssima. E o que vem em seguida ao ouro em termos de ativo de reserva de valor e de meio de troca infalível? Nada, senão ela própria: a Prata.

Para muitos a prata será a única (e em muitos casos, a melhor) alternativa de se acumular dinheiro de verdade, não papéis que valerão, em muito breve, tanto quanto sacos de embrulhar. E esta é uma oportunidade única e HISTÓRICA para se investir em prata, pois, não restem dúvidas: O preço da prata saltará à estratosfera, tão logo o ouro passe a ser inacessível a muitos e a ruína financeira já não possa mais ser evitada e muito menos camuflada. Investir em Prata, HOJE, é, como já dito, uma oportunidade histórica. Mas não tardará até que a prata também se torne muito cara e inacessível a muitos.

NOTA: A leitura das cotações internacionais (bolsas) da prata NÃO É IGUAL à leitura da cotação do ouro. E isto porque as cotações internacionais da prata refletem muito mais a oferta/demanda da prata para uso industrial do que da prata ativo financeiro. E isto é facilmente verificável ao se interagir com o mercado internacional dos ativos de prata bullion (as peças de prata negociáveis - prata 999), cujos preços refletem a busca/oferta dessas peças de entesouramento com uma importante dissociação do universo da prata industrial. E este mercado encontra-se fortemente aquecido, principalmente nos EUA e Canadá.

O povo brasileiro ainda terá muito que sofrer até acordar para a realidade da fragilidade da economia brasileira e para a falácia da propaganda governamental que propagandeia uma economia brasileira sólida, quando, na verdade, é tão sólida quanto um pedaço de manteiga (atente para a miséria do povo brasileiro e para as falências inumeráveis). Nesse ponto, nos orgulhamos em ser uma equipe que divulga informações economicamente salutares aos visitantes do nosso site, em muitos aspectos absolutamente inédito em língua portuguesa e também original, pois somos brasileiros. O que você lê aqui é resultado de experiência de brasileiros que se interessam pelos investimentos em Metais Preciosos, não meras traduções de material muitas das vezes distante da nossa realidade (e sofrimento).

Fonte:http://ouroedinheiro.com/


HISTÓRIA DO PETRÓLEO 

Petróleo - Grandes Companhias - [1 de 4]

Petróleo - Grandes Companhias - [2 de 4]

Petróleo - Grandes Companhias - [3 de 4]

Petróleo - Grandes Companhias - [4 de 4]

Maravilhas Modernas

Os Segredos do Petróleo

Obras Incríveis

Super Petroleiros

Gigantes da Engenharia

Plataformas de Petróleo

INVESTIMENTOS

CLUBE DO PAI RICO

http://platteon.blogspot.com.br/

 

Vídeo sobre Lavagem de Dinheiro

De onde nasceu o dinheiro (capitalismo)

Rockefeller - Trapaça e Crimes - Assim ele fez sua Fortuna

Os Mestres do Dinheiro - The Money Masters (português) - Rothschild/Rockefeller

A Corporação (2003) - Versão completa - The Corporation ( Leg. Pt-Br)

 

  1. O Dinheiro Como Dívida - parte 1 de 5

    Um importante vídeo didático sobre a origem do dinheiro. Legendado em português.

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  2. O Dinheiro Como Dívida - parte 2 de 5

    Um importante vídeo didático sobre a origem do dinheiro. Legendado em português.

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  3. Um importante vídeo didático sobre a origem do dinheiro. Legendado em português.

    de Jespersampaio 2 anos atrás 11599 exibições

  4. O Dinheiro Como Dívida - parte 5 de 5

    Um importante vídeo didático sobre a origem do dinheiro. Legendado em português

    de Jespersampaio 2 anos atrás 9352 exibições

  5.  

    1. Dinheiro como dívida II: Promessas soltas - Parte 1

      Os saltos de pára-quedas, os pacotes de estímulo, as dívidas empilhadas sobre dívidas...Onde será o fim? Como entramos numa situação onde nunca ...

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  6. Novas regras, velhos desafios

Governo reduz a remuneração dos depósitos novos na poupança, preserva os rendimentos dos saldos existentes e abre espaço para a queda mais acentuada dos juros. Só falta baratear os empréstimos bancários, reduzir o peso dos impostos, o custo Brasil...

 Clique e ouça um resumo da reportagem

 

Depois de três anos de discussão, o governo finalmente anunciou na quinta-feira 3, as novas regras para a remuneração da caderneta de poupança, aplicação financeira mais antiga do Brasil, criada pelo imperador dom Pedro II em 1861. Foi uma decisão histórica, por mexer no investimento mais popular do País em pleno ano eleitoral. São 100 milhões de contas, com um volume total de R$ 413 bilhões – 99% delas com saldo inferior a R$ 50 mil –, e o impacto dessa mudança ainda vai demorar para ser percebido em sua totalidade. Antes de anunciar a novidade, a presidenta Dilma Rousseff abriu a semana batendo nos bancos e nos juros altos por eles praticados, em um pronunciamento na tevê na véspera do Dia do Trabalho. 

110.jpg
Brasília, quinta-feira 3: O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anuncia a mudança
da remuneração da poupança.
 
“É inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com um dos juros mais altos do mundo. O Brasil de hoje não justifica isso”, afirmou. O discurso valeu como um recado de que, na volta do feriado, ela tomaria decisões drásticas. Dilma cancelou a agenda da quarta-feira 2, e se reuniu durante cinco horas com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Considerada inevitável pelo governo para permitir a queda mais acentuada dos juros, a alteração nas regras da poupança – que paga juros fixos de 6% ao ano, mais a TR, e impedia, na prática, a redução mais acentuada dos juros básicos, hoje em 9% – é um campo minado do ponto de vista político e econômico. 
 
A memória do confisco da poupança pelo Plano Collor, da ministra Zélia Cardoso de Mello, em 1990, ainda assusta poupadores. Entre as várias opções que vinham sendo analisadas nos últimos meses, havia propostas de acabar com a isenção de Imposto de Renda da caderneta ou limitar as aplicações. Dilma optou pela solução menos traumática: preservou os direitos de rendimento sobre os depósitos antigos e criou um gatilho para reduzir a remuneração quando a Selic ficar igual ou abaixo de 8,5% ao ano (veja quadro ao final da reportagem). 
 
 
Juros baixos, o Plano Real de Dilma
 
Decisão tomada, a presidenta tratou de comunicá-la às principais forças políticas e econômicas do País. Ao longo da quinta-feira 3, Dilma teve uma sequência de reuniões com parlamentares da base de apoio do governo, com sindicalistas e com empresários. “Não vamos fazer nenhuma gracinha”, antecipou a presidenta. Antes de reunir 23 representantes do setor privado, que incluíram nomes como o do bilionário Eike Batista, Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, e Jorge Gerdau, a presidenta teve um encontro, em separado, com três representantes do setor financeiro: André Esteves, do BTG Pactual, Luiz Carlos Trabucco, do Bradesco, e Pedro Moreira Salles, do Itaú Unibanco. A pauta seguiu o esperado. Dilma cobrou mais esforço dos bancos privados na redução das taxas cobradas dos clientes. 
 
111.jpg
Presente e passado: Dilma e Mantega discutem a agenda positiva com a elite empresarial, em busca de consenso e desenvolvimento.
Nos tempos da hiperinflação e da ministra Zélia, confisco da poupança e desrespeito aos contratos.
 
Afirmou que a mudança permitiria ao País caminhar para um patamar de juros menores, estimulando o investimento, o crescimento, o emprego e o consumo. No fim do dia, coube a Mantega explicar as novas regras. Chamou-as de “pequenas mudanças”, e garantiu que nada muda para os depósitos atuais. “Não há rompimento de contrato e nenhum prejuízo para os atuais detentores de poupança”, afirmou o ministro em entrevista no Palácio do Planalto. Foram tomados  cuidados para evitar questionamentos jurídicos. As novas regras só valem para os depósitos feitos a partir da sexta-feira 4, o que preserva as aplicações existentes. Os saldos depositados até o dia 3 continuarão a ser remunerados pela regra antiga. Ou seja, renderão 0,5 ponto percentual ao mês, ou 6,17% ao ano, mais TR (Taxa Referencial, formada pela média dos CDBs de 30 instituições financeiras). 
 
Isso continua valendo para os depósitos novos quando a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano. Somente se os juros caírem abaixo desse percentual, a regra muda e as cadernetas vão render 70% da Selic, mais a TR. A medida visa tornar as cadernetas menos atraentes do que os papéis do Tesouro, que usam Selic como referência, e evitar uma eventual fuga de recursos dos fundos DI e de renda fixa para a poupança. Esses fundos, os maiores compradores de títulos públicos, tinham R$ 750 bilhões no fim de março. Sob as novas regras, a poupança continua mais interessante que os fundos de renda fixa com taxa de administração superior a 1,08%, segundo a Caixa. É aí que mora a próxima batalha do governo na cruzada pelos juros de Primeiro Mundo: convencer os bancos a reduzir as taxas de administração dos fundos. 
 
E, claro, dos empréstimos aos consumidores e empresas. Dilma determinou ao Banco do Brasil e à Caixa que liderem esse processo, o que tem acontecido (veja quadro abaixo). No caso da poupança, caberá aos bancos a tarefa de corrigir as contas corretamente e a responsabilidade de separá-las nos extratos enviados aos clientes. Os saques, quando realizados, serão feitos inicialmente sobre os depósitos mais recentes. Ou seja, o rendimento da regra antiga fica preservado. A expectativa é de que, se a taxa Selic realmente cair a níveis internacionais no futuro, a poupança antiga seja uma das opções mais rentáveis do mercado. Segundo Samy Dana, professor de finanças da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo, a nova regra deverá provocar mudanças profundas no sistema financeiro. 
 
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“Os bancos terão de reinventar sua forma de fazer negócios e oferecer alternativas mais rentáveis para os clientes, mesmo os que têm pouco dinheiro”, diz. A boa-nova agradou ao setor privado, que vislumbra, agora, um cenário mais ameno para o custo do capital. “Este é o caminho para que os juros no Brasil se aproximem das taxas internacionais”, disse Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria. “Todos os empresários apoiaram a mudança na poupança”, disse Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Mais que isso, as novas regras quebram um paradigma do mercado, em que o rendimento fixo exigia pouco esforço dos bancos e dos investidores, avalia Fabio Nogueira, principal executivo da Brazilian Finance & Real Estate, empresa especializada em financiamentos imobiliários. 
 
“O mercado estava mal-acostumado com o ganho fácil da remuneração e agora vai tomar um choque de realidade”, diz Nogueira. “É um estímulo inteligente para pensar no longo prazo.” A mudança pode ser necessária, mas os traumas de tantos planos econômicos tornam espinhosa a tarefa de explicá-la à população. O desafio é convencer os poupadores de que o fato de ganharem menos beneficia o País como um todo. “O Planalto foi muito bem-sucedido na construção desse discurso, ao enfatizar a necessidade de reduzir os juros e o spread bancário”, afirma Rafael Cortez, cientista político da Tendências Consultoria. 
 
Antes mesmo da divulgação das medidas, o economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, considerava que atrelar a remuneração da poupança à Selic é uma boa alternativa. “É fácil de implementar e fácil de explicar”, disse ele. O setor imobiliário, que temia perder seus recursos cativos, respirou aliviado. A nova regra mantém a obrigatoriedade de os bancos destinarem 65% do dinheiro das cadernetas para o crédito imobiliário. No entanto, não há referências na MP aos juros cobrados do consumidor nos empréstimos. Mantega avalia que a competição entre os bancos reduzirá as taxas, expectativa compartilhada pelos empresários do setor. 
 
“Espero que juros menores na captação do banco signifiquem taxas mais baixas no empréstimo ao consumidor”, diz Paulo Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção. “Não dá para imaginar que, mais uma vez, só os banqueiros vão ganhar.” O fato é que, também por pressão do BB e da Caixa, os empréstimos imobiliários já estão sendo barateados. O caminho será longo. Na quinta-feira 3, Dilma repetiu, na cerimônia de posse do novo ministro do Trabalho (veja matéria aqui), que as três “amarras” do Brasil – juros, impostos e câmbio – precisam ser desatadas. “Esses grandes problemas, porém, não serão resolvidos do dia para a noite”, afirmou. 
 
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Colaboraram: Cláudio Gradilone, Carla Jimenez e Cristiano Zaia
 

 

  

Promissória ambulante

Condenado a 24 anos de cadeia, Naji Nahas
não é dono nem da casa onde mora.

 

Antenor Nascimento Neto

Foto: Egberto Nogueira
Naji Nahas e sua mansão em São Paulo: bens hipotecados e cinqüenta viagens para fora do país desde o tombo das bolsas
Foto: Antonio Milena  
O empresário Naji Robert Nahas, 51 anos, libanês naturalizado brasileiro, preparava-se nos últimos tempos para voltar ao mundo dos negócios e ao círculo dos endinheirados. Procurava lavar sua imagem, estragada depois da quebra das bolsas de valores em junho de 1989, num dos maiores escândalos financeiros da História do país. Numa tentativa fracassada de inflar o preço de algumas ações com que negociava, Nahas, conforme as acusações que o perseguem desde então, detonou um processo de quebra geral que produziu a liquidação de seis corretoras, um prejuízo calculado em 400 milhões de dólares e um declínio nos negócios com ações que perdurou por quase dois anos. Apontado como o principal responsável pelo terremoto, Nahas passou a ser apresentado ao público como um gênio satânico. Passados oito anos, contratou pesquisas para avaliar o grau de rejeição que ainda pesa sobre seu nome e o prestígio que sobrou. Pretendia escrever um livro para justificar o que fez nas bolsas e pensava em montar um fundo para pequenos investidores, com um objetivo caridoso: ajudar pobres a ganhar dinheiro emprestando-lhes sua malícia de especulador. Aos poucos foi reaparecendo em festas e restaurantes elegantes de São Paulo. E deu uma festança no ano passado, no casamento de sua filha Nathalie, ao preço de meio milhão de dólares pago por um magnata amigo, Gilbert Chagoury.

Nessa festa, pareceu mesmo que Nahas havia conseguido enterrar o passado. Nos jardins de seu casarão da Rua Guadalupe, endereço de ricos, beberam champanhe noite adentro personalidades como Alfredo Rizkallah, presidente da Bolsa de Valores de São Paulo, Manoel Cintra, atual presidente da Bolsa Mercantil e de Futuros, o então prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, o seu sucessor, Celso Pitta, e uma penca de figuras conhecidas. Nahas circulou deliciado entre os convidados, como fazia nos tempos em que o mundo financeiro estava a seus pés e a imprensa lhe dava o título pomposo de "megainvestidor". Há uma semana, o passado voltou com a brutalidade de uma divisão Panzer. O juiz Guilherme Calmon Nogueira da Gama, da 25ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro, condenou Naji Nahas a 24 anos e oito meses de prisão, além de multa de 730000 reais, pela quebra das bolsas em 1989. O rigor da punição pareceu exagerado num país em que assassinos frios dificilmente pegam vinte anos de cadeia e caloteiros da viúva nem sequer vão parar atrás das grades. Na mesma sentença, considerando os "péssimos" antecedentes de Nahas, o juiz ordenou a prisão preventiva do investidor, que assim poderia recorrer da decisão, mas não em liberdade.


O casal Pitta e o ator Omar Sharif (de óculos), no casamento da filha de Nahas (à dir.): festança bancada por um magnata amigo

Foto: Eduardo Junqueira

Com ordem judicial para localizar e prender Nahas, a polícia iniciou aquela farra habitual que sempre acontece quando recebe licença para colocar um figurão em cana. A Interpol foi convocada para rastrear seus passos no exterior, para onde acabara de viajar, e os aeroportos internacionais do país entraram em alerta. Repetiu-se, portanto, a cena ocorrida em 1989, quando policiais caçaram Nahas durante 100 dias. Naquele ano, Nahas escapou das mãos da polícia e, com uma bolsa de roupas, vagou por apartamentos de amigos. Para disfarçar, deixou a barba crescer. Alimentava-se com a ajuda de amigos, que lhe levavam quibes e esfihas nos esconderijos, enquanto policiais se entrincheiravam num prédio do Banco Bamerindus, em frente de sua residência, para ver se o apanhavam entrando ou saindo de casa. Sem ser vista, a mulher de Nahas acompanhava toda a movimentação dos policiais de binóculo à espreita da caça. No fim, sem conseguir manter-se escondido por mais tempo, Nahas acabou sob regime de prisão domiciliar até a medida ser revogada na Justiça.

Na semana passada, a história se repetiu com uma diferença. Na data da sentença, Nahas estava longe do juiz e da polícia. Em 3 de outubro, viajou a Paris acompanhando um grupo de investidores estrangeiros. De Paris partiu para o Egito, onde assistiu a uma exibição da ópera Aída, entre ruínas, e tomou um barco para um passeio de três dias pelo Nilo. Na última quinta-feira, voou para o Líbano, terra de sua família, para um período de descanso nas montanhas. Nesse dia, foi brindado com uma liminar assinada pelo desembargador Ney Valadares, do Tribunal Federal de Recursos do Rio de Janeiro, suspendendo temporariamente o mandado de prisão, até que se julgue um pedido de habeas-corpus. Nahas deve apresentar-se até terça-feira. Ele promete voltar ao Brasil nesta segunda.


Foto: Egberto Nogueira

Foto: Antonio Milena
Elminho Camões, derrubando um bezerro, e Ricardo Thompson: um vende pão de queijo e o outro virou dono de bar

O personagem principal do maior solavanco já sofrido pelas bolsas brasileiras é um homem que mede 1,90 metro, fala sete línguas, veste roupas compradas na Europa, mastiga um enorme charuto e é fanático por gamão, o jogo da elite libanesa. Ele colecionava todos os totens da riqueza, como cavalos, lanchas, pinturas impressionistas, apartamento em Paris e o indefectível helicóptero. A mais valiosa coleção é a de amigos. Nahas se gaba de seu relacionamento estreito com o sultão de Brunei, os duques de Beaufort e os príncipes de Kent  fora a nobreza árabe dos petrodólares. Nahas, estufado como um pavão, gosta muito de falar das suas proezas. A essas histórias do mundo do dinheiro ainda conseguiu reunir a purpurina de contatos em setor mais glamouroso. Nos anos 80, Nahas aparecia nas colunas sociais brasileiras posando para fotos ao lado de personalidades internacionais do cinema ou da música de passagem por São Paulo. A sua trajetória pela órbita dos negócios é uma história estranha e tão fascinante como o próprio Nahas.

Sua família tinha uma empresa têxtil no Egito, confiscada na década de 50 pelo presidente Gamal Abdel Nasser. Os Nahas fugiram para o Líbano, onde montaram uma marmoraria e uma loja de pedras preciosas. Naji casou-se em 1967 com a brasileira Sula Aun, cuja família era dona da Papéis Simão. Veio para o Brasil em novembro de 1969 trazendo um presente da mãe: 50 milhões de dólares internados no país com autorização do Banco Central. Com esse capital ele iniciou pequenos negócios, como uma criação de coelhos, outra de cavalos. Acabou constituindo um grupo de 27 empresas, administradas pela holding Selecta. Em 1979, começou seu jogo na Bolsa do Rio de Janeiro, a única a operar os mercados futuros, que é o ambiente preferido do especulador. Ele se tornou um mito muito cedo, com manobras que os investidores brasileiros ainda não conheciam. Numa de suas jogadas, apostou contra todo o mercado num negócio com ações da Petrobrás. Venceu, ganhou uma fortuna e deixou os operadores de queixo caído.

Eduardo Rocha Azevedo,
o "Coxa": "O Nahas
é um maníaco"
Foto: Monica Vendramini  

Nesse tempo, a Bolsa do Rio era muito maior que a de São Paulo, e o festejado Nahas foi convidado a transferir sua banca para a capital paulista. Há histórias de todos os tipos em torno de Nahas, como a de que em uma noite ele pagou champanhe a todos que estavam numa boate de São Paulo porque, de tarde, havia vencido o especulador Leo Kryss, o dono da Evadin, no mercado de opções. Como personagem acessório, entrou em negócios de prata com os irmãos americanos Nelson e William Hunt, comprando o metal em grande quantidade. Provocaram uma explosão nos preços da prata de cerca de 500% entre 1979 e 1980. Nahas teria ganho mais de 1 bilhão de dólares nessas operações, mas acabou processado pelo governo dos Estados Unidos. Esse episódio terminou com sua absolvição sete anos mais tarde.

Nahas, hoje, a julgar pelas formalidades cartoriais, é um sujeito quebrado com casaca de rico. A mansão onde mora, com piscina, quadra de tênis e até elevador, está hipotecada. A Selecta e suas empresas se transformaram em massa falida. Seus haras estão abandonados, além de hipotecados. Um grande terreno na Avenida Faria Lima, em São Paulo, no qual pretendia construir um shopping, também está hipotecado. Além de hipotecados, seus bens estão indisponíveis. Em se tratando de Nahas, tudo isso é relativo. O ex-megainvestidor dá festas alavancadas com o dinheiro de amigos. O Rolls-Royce usado no casamento da filha foi emprestado por um deles, o senador Gilberto Miranda, que comprou o automóvel dos Mayrink Veiga, ex-milionários do Rio de Janeiro. Nahas trabalha em um escritório emprestado por amigos, e  detalhe importante  as hipotecas que têm sido executadas pelos credores são compradas por amigos para evitar que Nahas tenha de espremer o próprio fígado na entrega dos bens que foram seus. Desde o tombo da bolsa, Nahas já fez cerca de cinqüenta viagens para fora do país, quase sempre de primeira classe. Sua renda, segundo ele, vem de negócios que faz atualmente no exterior. "Quando não estou me defendendo dessas acusações que fazem contra mim, trabalho. Administro um fundo de investimento nos Estados Unidos e dou consultoria a investidores", diz ele.

O engraçado é que essa pendura é anterior à crise de 1989. Nahas, na verdade, já havia hipotecado tudo para tomar dinheiro destinado às operações na bolsa. Percebe-se aí um fator comum aos especuladores fanáticos. Eles têm a mesma compulsão dos viciados em pôquer, que apostam até o almoço dos filhos. "Ele sempre foi uma promissória ambulante", declara um banqueiro paulista que lhe emprestou dinheiro e não recebeu de volta. Há, no mercado financeiro, um boato antigo e insistente de que o felino Nahas continua a jogar por meio de seus laranjas. De vez em quando, ao se detectar alguma manobra menos ortodoxa, os operadores pensam no libanês com seu charutão. "Deve ser o turco", comentam.

Na sentença do juiz Guilherme Calmon Nogueira da Gama, outros sete protagonistas da quebra das bolsas em 1989 foram condenados. Entre eles figura o corretor paulista Eduardo Rocha Azevedo, apelidado de "Coxa", que na época era presidente da Bolsa de Valores de São Paulo, onde atua hoje como conselheiro. Azevedo recebeu uma sentença de nove anos de detenção, mas poderá recorrer em liberdade. Ele é acusado de pressionar os bancos que financiavam Nahas em 1989 a cortar o seu crédito, provocando a quebra. É a linha que Nahas adota em sua defesa e que repetiu, na sexta-feira passada, num telefonema a Eliana Simonetti, subeditora de VEJA: "Eu sou uma vítima, tenho sido perseguido durante anos, passo os dias me defendendo, minha família está sofrendo e nessa história só existe um criminoso, o Coxa, que me fez perder dinheiro enquanto ele ganhava com a queda das bolsas".

É a mesma toada que repete desde 1989. Coxa está deprimido e não dorme direito desde que soube de sua sentença de nove anos. "O Nahas é um maníaco que para se defender me ataca, e a outras pessoas. Estou indignado", diz. O rolo em que os dois se meteram em 1989 é tão complicado de entender que, apenas para chegar a uma decisão de primeira instância, a Justiça demorou oito anos, tempo em que se formou um processo de cinqüenta volumes e mais de 10.000 páginas. E é bem provável que, no fim, não se chegue a uma conclusão firme sobre o grau de culpa de cada um dos envolvidos. Basta ver como a leitura dos juízes oscilou no interior do processo. Houve uma primeira sentença, anulada, em que Nahas foi punido com quatro anos de prisão, em regime aberto, e multa. Coxa foi absolvido. É surpreendente que na segunda sentença as penas tenham sido tão elevadas.

Para simplificar, a confusão de 1989 foi a seguinte. Segundo as acusações, Naji Nahas tomava dinheiro emprestado em bancos para comprar e vender ações. Comprava e vendia para si próprio por meio de corretoras e laranjas. Com isso, conseguia ir elevando o preço dessas ações à espera de um momento propício para vender, pagar os bancos e embolsar a diferença. Trabalhava com ações da Vale do Rio Doce, Paranapanema e Petrobrás, na Bolsa do Rio de Janeiro. O sistema provocou uma bolha, que elevou o preço das ações da Petrobrás em 381% reais entre janeiro e junho de 1989. A alta das ações da Vale nesse período foi de 112%. Na primeira semana de junho, os bancos subitamente retiraram o crédito de Nahas. Ele deu um cheque sem fundo, outras pessoas também não puderam honrar compromissos e o castelo de cartas veio abaixo. Seis corretoras foram liquidadas na confusão e o presidente do Banco Central, Elmo Camões, perdeu o emprego. Seu filho Elminho, da corretora Capitânea, estava especulando em operações parecidas com as de Nahas e também quebrou. Elminho hoje está montando um comércio de pães de queijo junto com a mulher.

Outras instituições também levaram uma pancada no peito e acusaram o golpe. O Digibanco, um dos que davam crédito a Nahas, não existe mais. O Crefisul, outro financiador, foi vendido para o Itamarati, depois para o BCN. O Planibanc, que participou da ciranda, era um banco agressivo em 1989. Perdeu muito do prestígio. Com Nahas, caiu a corretora Ney Carvalho, fundada em 1859. O seu dono, o carioca Fernando Souza Ribeiro Carvalho, condenado a sete anos de prisão, hoje trabalha em casa, dando consultoria a empresas de ônibus. Está sem dinheiro. Tentou vender sua casa, mas a mulher não deixou. Tentou vender a casa na praia de Angra, mas não encontrou comprador. Não culpa Naji Nahas. "Fui eu quem o procurou, porque ele era um grande investidor e qualquer corretor profissional gostaria de tê-lo como cliente."

É interessante a atitude de alguns dos caídos. Luiz Affonso Otero, proprietário da corretora Pebb, que morreu em 1995, tomou um prejuízo de 50 milhões de dólares, mas continuou amigo de Nahas até o fim. Deu depoimentos em seu favor nos processos e, em 1993, quando o Banco Noroeste quis executar a hipoteca do casarão onde mora Nahas, viajou para São Paulo, quitou a dívida de 6 milhões de dólares, ficou com a hipoteca e nunca a executou. Ricardo Thompson, cuja corretora Progresso se tornou a maior de São Paulo operando com Nahas, perdeu cerca de 10 milhões de dólares em 1989, vendeu mansões, fazenda e avião para cobrir as dívidas e foi morar no apartamento dos filhos. Depois de tudo, ainda fala bem de Nahas. "Ele é o maior investidor do Brasil e ainda vai dar a volta por cima", diz Thompson, que hoje toca um bar que é ponto de encontro dos ricaços de São Paulo e quer distância da bolsa. Há processos paralelos que ainda se arrastam. O executivo paulista Rodolpho Bertola, presidente da Embraco em 1989, tomou um empréstimo de cerca de 15 milhões de dólares do Banco Safra. A dívida foi feita em nome da Embraco, mas o dinheiro foi entregue a seu filho, sócio de uma corretora que jogava com Nahas e perdeu. A Embraco espirrou Bertola do cargo e a confusão continua. O Safra cobra a dívida da empresa, num processo, e a empresa cobra de Bertola, em outro.

O ambiente em que Naji, Elminho e os outros acusados operavam não existe mais. As bolsas eram pequenas. A de São Paulo negociava apenas 13 bilhões de dólares por ano, movimento dez vezes inferior ao atual. Por isso, estavam sujeitas a vários tipos de manipulação. Os jogadores também eram poucos. Os grandes, além de Nahas, eram Leo Kryss, da Evadin, Pedro Conde, do BCN, Matias Machline, da Sharp e do Digibanco, e Alfredo Grumser. Leo Kryss e Pedro Conde continuam, Grumser vive em Nova York com uma fortuna, Machline morreu num acidente de helicóptero e, sobre Nahas, a polícia já havia recebido ordem do juiz para enjaulá-lo na semana passada. Esses especuladores do passado são infinitamente menores do que os novos apostadores, como os fundos de pensão brasileiros, que se tornaram hiperativos nos pregões, e os fundos americanos, que entraram com bilhões depois que a bolsa facilitou a operação de estrangeiros. O cheque frio de Nahas que detonou a crise de 1989 era de 30 milhões de dólares. Hoje, essa quantia é uma brincadeira para os novos gaviões da bolsa.

Como quebrou a bicicleta

O sistema usado por Naji Nahas, o D-Zero, é uma forma de montar uma grande carteira de ações sem ter dinheiro. Ele funciona da seguinte maneira. Nahas comprava um lote de ações e, pelo sistema da bolsa, só pagava a operação, e recebia os papéis, cinco dias úteis depois. Nesse dia, pegava um empréstimo, pagava a bolsa, retirava as ações, vendia para ele mesmo por meio de combinação com corretoras ou testas-de-ferro e com essas ações, dadas em garantia aos bancos, tomava um outro empréstimo que pagava o primeiro. Depois repetia a operação, cada vez mais rapidamente. Como ele comprava e vendia para ele mesmo, numa operação chamada "Zé com Zé" no jargão das bolsas, tinha o poder de controlar o preço dos papéis, tornando-os mais altos e, dessa maneira, credenciando-se a empréstimos maiores. Se ele inflou realmente o preço dos papéis é o que se discute no processo.

Com mais dinheiro (e mais dívidas), ampliava a carteira. Como as compras e as vendas eram feitas por ele mesmo, e sua carteira crescia muito, o jogo era de alto risco tanto para Nahas quanto para os bancos que o financiavam, para as corretoras que cumpriam suas ordens e para a bolsa, que se obriga a honrar compromissos não cumpridos. Nahas operava também no mercado futuro de ações e de índices, e aí surge outra suspeita. Se ele controlava mesmo os preços, podia apostar nesse mercado futuro sabendo o resultado de antemão. A operação teria de terminar um dia e a aposta de Nahas era de que, em determinado momento, o mercado aceitasse comprar suas ações. Nesse caso, ele venderia papéis muito valorizados, pagaria os empréstimos e ficaria com a diferença. Seu erro foi esse. A partir de abril de 1989, os investidores começaram a fugir da bolsa por causa do disparo da inflação, da alta dos juros e do temor de que Lula ganhasse a eleição presidencial. O mercado tornou-se vendedor, e não comprador de ações como esperava Nahas. Foi aí que o castelo de cartas caiu.

Com reportagem de David Friedlander, Ricardo Grinbaum e Roger Ferreira, de São Paulo, e Altair Thury Filho, do Rio de Janeiro

 fonte: http://veja.abril.com.br/221097/p_110.html


 

Personagens do mercado: o caso de Naji Nahas e a quebra da bolsa do Rio

SÃO PAULO - A terceira matéria de Personagens do Mercado tenta ir contra as duas anteriores. As figuras antes apresentadas, além de lições de investimento, carregam uma imagem positiva nos mercados. Mais polêmica, essa sessão conta uma das histórias mais famosas do mercado acionário brasileiro: a de Naji Nahas.


Acusado por diversas frentes, o nome de Nahas aparece na operação Satiagraha da Polícia Federal e no episódio da quebra da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, entre outros casos interessantes. O investidor fez fortuna no Brasil com operações de altíssimo risco, cuja legitimidade é questionada até os dias atuais.

A quebra da bolsa do Rio levou Nahas aos tribunais por diversas vezes, mas não conseguiu incriminá-lo. O episódio alimenta a principal rixa do mercado brasileiro, entre Nahas e o fundador da BM&F, Eduardo da Rocha Azevedo.

O desembarque
Nascido no Líbano, Naji Nahas desembarcou no Brasil com US$ 50 milhões em 1969. Menos de um ano depois, já possuía fortuna estimada em cerca de US$ 1 bilhão. Sua chegada foi atribulada desde o início, sendo que o voo que o trouxe ao Brasil havia sido sequestrado no trajeto e levado a Cuba.

A origem dos US$ 50 milhões que trazia é creditada a herança de sua família. Naquele período, Nahas se envolveu com os irmãos Hunt, famosos por controlar o mercado mundial de prata na época. A família Hunt fez fortuna no Texas ao entrar agressivamente no mercado com a prata a US$ 2 por onça e guiar a commodity para a casa de US$ 50 por onça, valorização de 2.400%. Naquela época, os irmãos chegaram a deter cerca de 10% do suprimento global. Quando liquidaram suas posições, a prata voltou dos US$ 50 para US$ 10 a onça.

A associação com os Hunt garantiu a Nahas um posto entre os maiores compradores de prata do mundo. Paralelamente, compôs um conglomerado de 28 empresas que incluía a seguradora Internacional e a maior produtora nacional de coelhos para exportação. Além de se tornar lenda no mercado financeiro, Nahas circulava entre alta sociedade, sempre ostentando.

A quebra
No mercado de ações, a postura de Nahas chamava atenção pela estratégia arrojada. As acusações apontavam que Nahas emprestava dinheiro de instituições financeiras para aplicar em ações, manipulando a valorização dos ativos realizando negócios consigo mesmo via laranjas ou corretores. Foi inocentado em 2004. Alega que a quebradeira ocorreu pela mudança nas regras de negociações, acusando posteriormente o ex-presidente da Bovespa Eduardo Rocha Azevedo de planejar sua queda.

Com suas operações, Nahas chegou, sozinho, a controlar 6% das ações da Petrobras e 10% dos papéis da Vale em circulação. O investidor defende que Rocha Azevedo fazia parte de um grupo que apostava na retração do Ibovespa, enquanto ele apostava na alta. A partir deste pressuposto, afirma que o ex-presidente da Bovespa pressionou bancos a cortarem seu crédito, o que levou à sua quebra. 

Segundo a biografia de Eduardo Rocha Azevedo*, Nahas mantinha posição bem acima do limite estipulado pela BM&F, que era de 20%. As posições concentradas no Índice Bovespa futuro eram, em sua maioria, creditadas a Nahas ou seus laranjas. Com o estouro da inadimplência de Nahas, foram tomadas medidas para conter as perdas e liquidar as posições do investidor. Sua carteira foi confiscada, o que rende processo judicial até os dias atuais. Nahas pede uma indenização de R$ 10 bilhões pela perda de seus ativos. Projeta este montante com base no valor atual de portfólio.

A rixa
Na ocasião, Eduardo da Rocha Azevedo afirmou: "não tenho poderes para impedir que um investidor seja financiado por instituições financeiras. O que compete à bolsa é administrar o mercado para que as corretoras não corram risco que possa comprometer o sistema. Aí, repito que a Bovespa trabalhou com um pouco mais de prudência e evitou esse problema", declarou ao jornal O Globo, em junho de 1989.

"Sou uma vítima das pressões indevidas e ilegítimas que foram montadas no mercado visando alterar, na undécima hora, as regras do jogo referentes a operações em andamento", divulgou Nahas em nota, citada na biografia de Rocha Azevedo.

Nas palavras de Horacio de Mendonça Netto, ex-superintendente geral da Bovespa e BM&F, "Nahas possuía a incrível capacidade de aglutinar e liderar gente rica para operar com ele, e ainda levá-las a achar que o culpado era o Eduardo, o que mostra que Naji é um fenômeno".**

Em 2004, Nahas foi inocentado do processo que o acusava de manipulação do mercado e quebra da bolsa do Rio. Atualmente, roda o pedido bilionário de indenização contra a bolsa. O investidor voltou aos noticiários com a operação Satiagraha, em julho do ano passado. Chegou a ser preso sob acusação de participar de um esquema de desvio de verbas públicas e crimes financeiros. Entre os presos na operação estavam o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.

* "Eduardo da Rocha Azevedo - a Bovespa e a BM&F", de Ângela Ximenes, Editora Contexto
** Trecho retirado da biografia citada

 

fonte:http://www.infomoney.com.br/personagens-do-mercado/noticia/1585515-personagens+mercado+caso+naji+nahas+quebra+bolsa+rio


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Os caminhos para enriquecer 

Existem muitas maneiras de enriquecer. Alguém constroi um negócio simples em um mercado ainda não desbravado e, com muito trabalho, dá certo e o proprietário da empresa se torna rico. Um menino mata a aula, passa o dia jogando futebol, encontra um bom olheiro de um clube grande brasileiro e, dez anos depois, assina um contrato milionário com um dos maiores clubes da Europa. Uma menina canta relativamente bem para sua idade, seus pais a incentivam e investem em seu talento, contratando professores particulares e, alguns anos depois, sua voz é ouvida em todo o país – o que garante, evidentemente, uma boa renda para a garota, decorrente de seus shows. Um sortudo compra um bilhete de Mega-Sena e, no último sorteio do ano, ganha sozinho cinquenta milhões de reais.

Existem várias maneiras de enriquecer. Isso é um fato. Você, provavelmente, já ouviu a história de várias pessoas que construíram, por vários caminhos diferentes, um patrimônio bastante notável, capaz de sustentá-la por dezenas de anos com um bom padrão de vida. Mas, para cada história de sucesso de empreendedorismo, de jogador de futebol que assinou um contrato milionário para representar uma agremiação de futebol europeia, de apostador da Mega-Sena, existem muito mais histórias de pessoas que não conseguiram enriquecer. Como decidir, então, que caminho seguir? 

Os caminhos para enriquecer

Para ajudar os incautos a compreenderem os caminhos que levam à fortuna, Ken Fisher (filho de Phil Fisher, investidor de sucesso a que já me referi anteriormente) e Lara Hoffmans escreveram o livro O mapa da fortuna. Na obra, os autores são friamente realistas: já no prefácio, o leitor se depara com a seguinte frase: “Sinta-se à vontade para discordar, mas não vejo mérito na pobreza”. Este não é um livro para tempos politicamente corretos, e os autores sabem disso – tanto que, ainda no prefácio, há o aviso: “Advertência: certas partes podem ser ofensivas para algumas pessoas!“

Segundo Fisher e Hoffmans, existem, basicamente, dez caminhos para o sucesso financeiro:

  1. Fundar uma empresa bem sucedida
  2. Tornar-se presidente de uma empresa bem sucedida e tirar-lhe o leite
  3. Pegar carona no trem de um visionário e viajar com ele [pense em quem estava com Bill Gates no início da Microsoft...]
  4. Transformar-se em uma celebridade
  5. Casar-se bem [com um bilionário]
  6. Roubar dentro da lei [o caminho dos advogados]
  7. Capitalizar-se com dinheiro alheio [é o caso dos administradores de fundos de investimentos]
  8. Inventar uma renda futura ilimitada [descubra algo novo e ganhe dinheiro com os royalties de sua descoberta - pode ser uma música, um livro, um produto novo, etc.]
  9. Tornar-se um barão imobiliário [descobrindo as jóias escondidas do mercado imobiliário]
  10. O caminho mais usado – economizar muito e investir bem

 

 

30/08/2012 - 11h29

 

Poupança fica mais atraente em relação à renda fixa;

veja comparações

 

FOLHA DE SÃO PAULO

 

A nova redução da taxa básica de juros (Selic) de 8% para 7,5%, anunciada ontem pelo Banco Central, torna o rendimento da poupança ainda mais atraente em relação à renda fixa.

 

Estudo feito pela Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) aponta que mesmo no caso de depósitos feitos a partir de 4 de maio (para os quais vale a regra de 70% da Selic + TR), a poupança rende mais que a maioria dos fundos de renda fixa.

 

Mantega diz que Selic está em patamar adequado, mas critica bancos
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De acordo com a entidade, isso ocorre porque a caderneta de poupança tem seu ganho garantido por lei (TR + 6,17% ao ano, ou TR + 70% da Selic, no caso de novos depósitos) e não sofre tributação.

 

Os fundos de renda fixa, por sua vez, sofrem incidência do Imposto de Renda sobre seus rendimentos, sendo maior esta tributação quanto menor for o prazo de resgate, além de ser cobrada taxa de administração pelos bancos.

 

Com a Selic atual, a poupança nova só perde para os fundos, independente do prazo de resgate, quando a taxa de administração cobrada pelos fundos for a mais baixa (de 0,50% ao ano) normalmente para aplicações de valores maiores acima de R$ 50 mil.

 

Rendimento mensal líquido dos fundos com uma Selic a 7,50% ao ano

 

POUPANÇA ANTIGA X RENDA FIXA

 

Prazo de Resgate0,50%1,00%1,50%2,00%2,50%3,00%
Até 6 meses 0,44% 0,42% 0,39% 0,37% 0,34% 0,32%
Entre 6 meses e 1 ano 0,46% 0,43% 0,41% 0,38% 0,36% 0,33%
Entre 1 ano e 2 anos 0,47% 0,45% 0,42% 0,40% 0,37% 0,35%
Acima de 2 anos 0,49% 0,46% 0,44% 0,41% 0,39% 0,36%

 

Com a Selic em 7,50% ao ano as contas antigas da Poupança terão um rendimento mensal de 0,50% ao mês correspondente a um rendimento de 6,17% ao ano + TR, ou seja, ficarão acima do rendimento da renda fixa em todas as situações anteriores.

 

POUPANÇA NOVA X RENDA FIXA

 

Prazo de Resgate0,50%1,00%1,50%2,00%2,50%3,00%
Até 6 meses 0,44% 0,42% 0,39% 0,37% 0,34% 0,32%
Entre 6 meses e 1 ano 0,46% 0,43% 0,41% 0,38% 0,36% 0,33%
Entre 1 ano e 2 anos 0,47% 0,45% 0,42% 0,40% 0,37% 0,35%
Acima de 2 anos 0,49% 0,46% 0,44% 0,41% 0,39% 0,36%

 

Com a Selic em 7,50% ao ano as novas contas passarão a ter um rendimento mensal de 0,43% ao mês correspondente a um rendimento de 5,25% ao ano + TR, ou seja, acima da maioria dos fundos de renda fixa.

 

A Anefac diz que as contas antigas continuarão a ter um retorno maior sobre a nova poupança e os fundos de investimento que cobram imposto de renda e taxa de administração, e a vantagem será maior quanto menor for a taxa Selic.

 

A entidade ressalta, porém, que pode ocorrer uma redução nas taxas de administração cobradas pelo bancos nos fundos de investimento, para garantir a competitividade dos produtos.

 

O órgão fez algumas simulações de como ficaria uma aplicação financeira no valor de R$ 10 mil pelo prazo de doze meses (considerando a Selic estável em 7,50% ao ano):

 

  • Na Poupança antiga este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 617,00 (6,17% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.617,00;

 

  • Na Poupança nova este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 525,00 (5,25% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.525,00;

 

  • Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 0,50% ao ano este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 579,00 (5,79% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.579,00;

 

  • Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 1,00% ao ano este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 554,00 (5,54% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.554,00;

 

  • Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 1,50% ao ano este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 516,00 (5,16% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.516,00;

 

  • Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 2,00% ao ano este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 491,00 (4,91% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.491,00;

 

  • Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 2,50% ao ano este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 453,00 (4,53% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.453,00;

 

  • Em um Fundo de investimentos cuja taxa de administração seja de 3,00% ao ano este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 428,00 (4,28% ao ano) totalizando um valor aplicado de R$ 10.428,00;

 

  • Considerando uma aplicação em CDB o investidor teria que obter uma taxa de juros de cerca de 85% do CDI para atingir o mesmo ganho obtido pela poupança nova já que as aplicações em CDB's pagam igualmente IR de acordo com o prazo de resgate da aplicação.

 

Poupança tem maior captação desde 1995

No mês passado, os depósitos somaram R$ 110,132 bilhões e as retiradas, R$ 106,890 bilhões

AGÊNCIA BRASIL 07/11/2012 14h15

 Os depósitos em poupança superaram os saques em R$ 3,241 bilhões no mês passado, informou hoje (7) o Banco Central (BC). Foi a maior captação líquida (mais depósitos que retiradas) para meses de outubro da série histórica do BC, iniciada em 1995. Em outubro do ano passado, a captação líquida ficou em R$ 1,073 bilhão.

No mês passado, os depósitos somaram R$ 110,132 bilhões e as retiradas, R$ 106,890 bilhões. Os rendimentos creditados chegaram a R$ 2,160 bilhões e o saldo total ficou em R$ 478,664 bilhões.

O relatório do BC baseia-se em dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) – que destina 65% dos recursos para o financiamento imobiliário – e da poupança rural. No caso do SBPE, houve captação líquida de R$ 2,185 bilhões, em outubro. A poupança rural apresentou depósitos maiores que os saques em R$ 1,056 bilhão.

Em maio deste ano, o governo criou nova regra para a remuneração de poupança. Sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, a forma de remuneração passa a ser 70% da Selic mais a taxa referencial (TR), calculada todos os dias pelo BC. Atualmente, a Selic está em 7,25% ao ano.

SITES DE APRIMORAMENTO FINANCEIRO

http://adailmarcos.blogspot.com.br


OPERAÇÃO DE DESCONTO


28/01/2013 - 03h00

Embora vendido por bancos, título de capitalização não é investimento

 

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THIAGO SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

 

Folhainvest Embora seja vendido em bancos, oferecido pelo gerente, o título de capitalização não é considerado um investimento, como são a poupança ou os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), por exemplo. Esse tipo de título é, sim, um bilhete para um sorteio.

 

O dinheiro colocado em um investimento oferece uma taxa ou perspectiva de remuneração após determinado período. Já os recursos colocados nos títulos não são remunerados, apenas devolvidos depois de um prazo com correção pela TR (Taxa Referencial).

 

Para se ter uma ideia, a caderneta de poupança, uma das mais básicas aplicações, rende, para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012, o equivalente a 70% da taxa Selic (o juro básico, hoje em 7,25% ao ano) mais a TR. Ou seja, se o investidor deixar na poupança o mesmo dinheiro que iria pagar no título de capitalização, já ganhará mais.

 

O atrativo desse tipo de título está na possibilidade de o comprador ser sorteado e ganhar um dos prêmios oferecidos periodicamente pelas seguradoras (que são responsáveis pelo título que vai ser vendido pelo banco) --como valores em dinheiro, carros e até casas.

 

As seguradoras possuíam, até novembro do ano passado, cerca de 40 milhões de clientes de títulos de capitalização. Entre janeiro e novembro do mesmo ano, 884 mil participantes (cerca de 2,2% dos clientes) haviam recebido algum prêmio, segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados, do Ministério da Fazenda).

 

Os prêmios somaram R$ 773 milhões no período, segundo a FenaCap (Federação Nacional de Capitalização) --uma média de R$ 874,4 por premiado.

 

CONTRÁRIOS

 

Muitos especialistas financeiros consideram o título de capitalização um instrumento danoso aos clientes do banco. Para consultores, os gerentes dos bancos costumam ser insistentes na oferta desse tipo de título para bater metas de venda estipuladas pelas empresas, que lucram ao não terem de remunerar os clientes pelo dinheiro recebido.

 

De acordo com o consultor financeiro Valter Police Júnior, o título de capitalização não deve ser uma opção para quem quer realizar um investimento. "Sorteio não é investimento. [Os títulos] são como uma loteria", afirma Police.

 

Mas o consultor ressalta que existe um perfil de público para essa modalidade financeira. "Quem gosta de jogar, como apostar na loteria ou em corrida de cavalos, pode se beneficiar da modalidade, pois continuará apostando na sorte e receberá parte do seu dinheiro de volta no final", explica.

 

"No caso de quem aposta no jogo do bicho, a vantagem é maior ainda, pois poderá apostar seu dinheiro em algo legalizado."

 

Já o professor de finanças Rafael Paschoarelli afirma que nem para esse público os títulos são recomendáveis. "O valor despendido em bilhetes da loteria, por exemplo, é muito menor do que o aplicado nesses títulos. A loteria faz menos mal à saúde financeira do jogador", diz o especialista.

 

"Quem gosta de jogo não gosta de dinheiro", acrescenta.

 

O valor médio pago pelos compradores de títulos de capitalização no país em 2012 (até novembro, dado mais recente disponível) foi R$ 26, de acordo com a FenaCap (Federação Nacional de Capitalização).

 

Firmemente contrário aos títulos, Paschoarelli acredita que a modalidade deveria ser extinta. "É algo que dificilmente se venderia em um país com uma regulamentação financeira mais desenvolvida. É execrável", completa.

 

OUTRO LADO

 

Ismar Torres, diretor executivo da FenaCap, afirma que muitos criticam os títulos de capitalização sem conhecer verdadeiramente seu funcionamento.

 

"É um instrumento financeiro adequado à população de baixa renda, que não conta com muitas opções de investimento", afirma Torres.

 

"Com a queda das taxas de juros os títulos se tornaram uma opção interessante, principalmente pela possibilidade de participar dos sorteios, que podem aumentar significativamente o patrimônio do cliente de maneira muito rápida", acrescenta.

 

De acordo com o executivo, as opções de títulos que não devolvem o dinheiro integralmente ao cliente --chamados de populares--, são uma fatia pequena do mercado: cerca de 7,5%. Enquanto as modalidades mais comuns, que devolvem o valor integral corrigido, somam 81% do mercado de capitalização.

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Levantamento do Correio mostra que não se compra quase nada com R$ 1,00

Depois de seis anos, o Correio volta às ruas para comparar o que é possível adquirir com a moedinha. Da lista de quase 30 itens de 2007, sobraram apenas dois. A disparada da inflação fez com que os brasileiros perdessem poder de consumo


 

 
Os itens vendidos por até R$ 1 estão em extinção nas prateleiras dos supermercados. Nos últimos seis anos, o tempo foi implacável com a moeda e, sobretudo, com o bolso do brasileiro. Em 2007, o Correio percorreu lojas do Distrito Federal para mostrar o que era possível comprar com a quantia, e a lista de opções teve quase 30 itens. A reportagem voltou agora aos mesmos estabelecimentos e ouviu gerentes e consumidores. Todos fizeram a mesma avaliação: R$ 1 não vale mais nada.

Da pesquisa feita anos atrás, apenas dois produtos continuaram abaixo desse valor: o steak de frango e o macarrão instantâneo. Mas, ainda assim, a dupla apresentou altas de preço expressivas no período — de 102,6% e 16,1%, respectivamente. A moedinha, que já foi símbolo da força do real por ser suficiente para a compra de um quilo de feijão, hoje repousa esquecida em gavetas nas casas dos brasileiros.

“Atualmente, R$ 1 não dá para quase nada. Em outros tempos, comprava muita coisa”, lamenta o feirante José Cosme, 82 anos. “Hoje, mal dá para um punhado de feijão a uma única pessoa”, calcula. Nascido em 1931, Seu Cosme, como é chamado pela família, viveu nove trocas de moeda. A primeira delas em 1942, quando o país abandonou os antigos réis pelo cruzeiro.


Segundo o feirante, o começo do Plano Real, em 1994, foi um momento de muita esperança e de fartura em casa, quando R$ 1, nas palavras dele, dava para alimentar uma família ao menos com carne e farinha. Para Seu Cosme, o preço do feijão está um absurdo. “Trabalho há mais de 30 anos com comércio, já vi feijão de todo preço, mas, dessa vez, subiu demais. No começo do Plano Real, o quilo era bem baratinho, bem menos que R$ 1”, diz.

FONTE: http://www.correiobraziliense.com.br/

 

 

Victor Martins

 

Publicação: 04/08/2013 08:09 Atualização: 3


 

09/09/2013 - 06h00

 

Brasil 27: Caso Banco Palmas

 GLAUCIO GOMES E PEDRO HENRIQUE VITORIANO

Por que somos pobres? Muitos se fazem essa pergunta. Mas poucos realmente se mobilizam para encontrar uma resposta.

 

No final da década de 1990, a comunidade do Conjunto das Palmeiras, na periferia de Fortaleza (CE), deu a sua resposta: uma comunidade não é pobre porque não tem dinheiro, mas sim por não reter as riquezas por ela geradas. Segundo estimativas dos próprios moradores, naquela época, o somatório das rendas familiares do conjunto chegava a R$ 1,2 milhão, mas cerca de 80% deste montante era usado em estabelecimentos comerciais nas áreas centrais e mais nobres de Fortaleza.

 

Para reter tal riqueza circulando dentro da própria comunidade, julgou-se necessária a criação de uma rede de produtores e consumidores locais. E, para apoiar a formação desses "prossumidores", foi criado, em 1998, o Banco Palmas, o primeiro BDC (Banco Comunitário de Desenvolvimento) do Brasil.

 

Mas, afinal, por que Banco Comunitário de Desenvolvimento?

 

BANCO

 

Um Banco Comunitário de Desenvolvimento diferencia-se de bancos tradicionais pelo seu objetivo de desenvolver a comunidade na qual está inserido, oferecendo serviços financeiros que apoiam o desenvolvimento de empreendedores locais e incentivando moradores a consumir na própria comunidade.

 

"Não devemos ter medo de dizer 'nós somos um banco'. E sabe por quê? Porque é sim possível desenvolver produtos financeiros que tenham impacto social positivo", afirma Joaquim Melo, 51, maior referência nacional na tecnologia social dos BCDs, fundador do Banco Palmas e coordenador do Instituto Palmas, organização criada para gerir o banco e realizar a difusão da tecnologia social em outros municípios, além de outros projetos complementares de desenvolvimento local.

 

Operando em uma comunidade onde sequer existem agências bancárias e na qual os moradores e empreendedores raramente cumprem os requisitos de acesso a crédito dos bancos tradicionais, o Banco Palmas (assim como os outros BCDs) oferece à população serviços de correspondente bancário, microsseguros, linhas de crédito produtivo e uma linha de crédito de consumo - esta última oferecida em Moeda Social, uma moeda criada pela comunidade para ser utilizada apenas dentro do bairro.

 

A criação e a gestão da circulação de moeda social é o elemento inovador mais palpável de um BCD. No Conjunto das Palmeiras, a Palma (como é chamada a moeda social do Banco Palmas) é aceita por dezenas de comerciantes que oferecem descontos e outras promoções para quem o utiliza. Assim, estimula-se o consumo local. Hoje, 15 anos depois da fundação do Palmas, cerca de 93% do consumo do Conjunto Palmeiras é realizado dentro do bairro e as 60 mil Palmas em circulação são símbolos vivos da importância desse consumo para o desenvolvimento endógeno da comunidade.

 

Mas o Banco Palmas é um banco e, como tal, um de seus maiores desafios é obter crédito a juros baixos para atender à população, ainda mais sofrendo a concorrência de alguns bancos oficiais que, apesar dos juros baixos, não realizam o trabalho de desenvolvimento comunitário dos BCDs. Além disso, o Palmas tem que lidar com a inadimplência. "Ser um banco que segue valores da economia solidária não quer dizer que não vamos cobrar pelas vias legais quem não nos paga por má fé", esclarece Melo.

 

  Renato Stockler/Na Lata  

 

COMUNITÁRIO

 

O caráter comunitário dos BCDs (e o Palmas não é exceção) depende do engajamento e da manutenção da memória coletiva da história da comunidade, pois um BCDs não apenas é efetivamente controlado pela comunidade em que está inserido, ele pertence a essa comunidade. Isso se reflete em vários aspectos da organização, desde sua gestão até sua operação.

 

O Palmas possui um conselho comunitário, eleito a partir de um Fecol (Fórum Socioeconômico de Desenvolvimento Local) que funciona tal qual o conselho de uma grande empresa: toma decisões estratégicas e acompanha suas atividades. Operacionalmente, um bom exemplo do caráter comunitário do Banco é o aval de vizinhança para os créditos. Melo esclarece: "Para qualquer morador do bairro ter acesso a crédito, por exemplo, é feita uma consulta aos seus vizinhos para verificar se aquela é uma pessoa confiável".

 

Obter o aval de vizinhança, entretanto, tem se tornado um desafio com o recente crescimento populacional do bairro. A população da região (que, além do Conjunto das Palmeiras, abrange os bairros de Janguruçu, Ancuri e Pedras) saltou de cerca de 30 mil pessoas no fim da década de 1990 para mais de 100 mil em 2010, segundo o Ipece (Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará). Esses novos moradores, muitas vezes, não se identificam com a história de lutas do bairro, não reconhecendo o Banco Palmas como uma iniciativa da comunidade.

 

DESENVOLVIMENTO

 

Outro diferencial da abordagem do Banco Palmas reside em seu foco no desenvolvimento local: a manutenção do dinheiro na comunidade e o apoio a iniciativas endógenas de empreendedorismo, dimensões não trabalhadas por iniciativas que focam apenas na concessão de crédito. "Me mostre um exemplo no qual o microcrédito por si só tirou alguém da pobreza", provoca Melo.

 

Para conduzir uma estratégia mais ampla de desenvolvimento local, o Banco Palmas é gerido pelo Instituto Palmas, uma organização social, sem fins lucrativos, que capta recursos através de doações de pessoas e empresas, para realizar uma série de iniciativas complementares --essenciais para o desenvolvimento local-- que incluem a organização da comunidade, a formação profissionalizante dos moradores, a capacitação de empreendedores e a educação financeira dos moradores.

 

FUTURO

 

"Hoje podemos afirmar que a operação financeira do Banco Palmas já é sustentável", comemora Melo. Entretanto, o banco ainda não gera receitas suficientes para a manutenção do instituto ou a remuneração completa de sua equipe administrativa. Essa situação é ainda mais delicada na maioria dos demais BCDs brasileiros, que ainda não possuem uma operação sustentável -existem hoje no Brasil 103 BCDs.

 

Melo reconhece que "o DNA comunitário dos BCDs pode levar à armadilha da pequena escala", na qual os BCDs, restritos às suas comunidades, não conseguem atingir uma escala de operação que gere recursos próprios, ou seja, capaz de mobilizar parceiros e investidores para desenvolver novos serviços e projetos -e assim ampliar o impacto positivo na sociedade.

 

Uma estratégia para enfrentar esse desafio é o projeto que o Banco Palmas está iniciando, o Banco da Periferia: uma rede de BCDs que colaboram entre si no desenvolvimento de novos produtos e compartilham serviços de "backoffice" (reduzindo, assim, custos de operação), ao mesmo tempo em que mantém a governança comunitária e a atuação local. "Com o Banco da Periferia, também estaremos em uma melhor posição de negociação, pois não estaremos mais falando apenas dos clientes do Palmas, mas sim dos clientes de todos os BCDs do Ceará, por exemplo", explica Melo. "Esse é o futuro dos BCDs. Isolados, tendemos a minguar", sentencia.

 

"A ideia é que a comunidade se organize e desenvolva seu banco. Agora, um banco também pode ser o ator de organização e mobilização de uma comunidade", explica Melo. E ele vai além: "Imagine milhares de bancos comunitários pelo Brasil, conectando comunidades por fluxos econômicos. Quando fizermos isso, estaremos criando um grande corredor comercial de economia solidária, fortalecendo as economias populares".

 

Parece um sonho. Mas quem em 1998 poderia esperar que uma iniciativa de moradores de um dos bairros mais pobres de Fortaleza fosse se tornar o maior banco comunitário de desenvolvimento do Brasil, que movimenta mais de R$ 2,5 milhões em transações bancárias por mês e possui uma carteira de crédito de R$ 3 milhões?

 

Iniciativa conjunta dos jovens Fabio Serconek e Pedro Henrique G. Vitoriano com o Ceats (Centro de Empreendedorismo e Administração em Terceiro Setor da Universidade de São Paulo), o Brasil 27 está visitando todos os Estados brasileiros para estudar, em cada um deles, um exemplo de negócio social. O projeto conta com o apoio do ICE (Instituto de Cidadania Empresarial), das fundações Avina e Rockefeller, e da Rede Omidyar.

 

Os registros da jornada ficarão disponíveis no blog do projeto e serão publicados aqui, semanalmente, no Empreendedor Social.


FONTE: 

http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/colunas/2013/09/1339094-brasil-27-caso-banco-palmas.shtml

 

16/09/2013 - 03h00

Mais da metade dos brasileiros tem conta em banco, mas só 21% poupam

ÉRICA FRAGA

MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO

 

Mais da metade dos adultos brasileiros tem conta bancária, mas apenas dois em cada dez economizam dinheiro.

Relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial que acaba de ser divulgado destaca os aspectos positivos da maior inclusão financeira no Brasil.

Usuários do Bolsa Família terão orientação
Saiba o que perguntar ao gerente na hora de escolher um investimento

Entretanto, mostra preocupação com a baixa poupança e com os riscos do endividamento, principalmente da população de renda baixa.

A fatia da população com acesso a contas bancárias, de 56% no Brasil, supera a média de 39% na América Latina e a parcela verificada na maioria dos emergentes.

Apesar disso, em 2011, apenas 21% dos brasileiros informaram ter poupado algum dinheiro no ano anterior. Apenas metade disso em bancos.

O relatório enfatiza que países com renda semelhante à brasileira têm o dobro do nível de poupança formal. "Produtos de crédito expandiram-se mais rapidamente e se tornaram mais difundidos do que os de poupança, criando potencial para níveis de endividamento pouco saudáveis", diz o documento.

O Fundo e o Banco Mundial elogiam, no entanto, os esforços que o governo brasileiro têm feito na educação financeira da população.

MAIOR BANCARIZAÇÃO

A forte expansão da inclusão financeira motivou as instituições a estudar o Brasil.

O relatório destaca que todas as cidades do país contam com algum acesso formal a serviços financeiros.

Os fatores citados para a maior bancarização no país são o crescimento da rede de correspondentes bancários, a expansão do microcrédito e o aumento da renda da população mais pobre.

A inclusão, afirma a nota, tem dado à população acesso a operações bancárias básicas e a linhas de crédito.

De acordo com Sérgio Odilon dos Anjos, chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, além dos benefícios aos clientes, a bancarização tem ajudado a aquecer a economia das cidades menores. E tende a contribuir para elevar a poupança.

"É mais fácil estimular a poupança quando as pessoas estão bancarizadas. É o que esperamos que aconteça".

O professor do Insper Ricardo Rocha observa que o consumo ficou represado no Brasil durante anos, com a hiperinflação, o mercado fechado a produtos importados e a restrição de renda da população. Contornadas as barreiras, houve uma corrida às compras, amparada por farta oferta de crédito.

Entretanto, ele nota que mais recentemente o apelo do consumo tem refluído. "O tranco da inadimplência deixou as pessoas mais preocupadas em poupar."

Além de dar mais segurança aos consumidores, o aumento da poupança é recomendável, diz o especialista, para ampliar os investimentos no país e impulsionar o crescimento econômico.

 

  Editoria de arte/Folhapress  

 

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/09/1342385-mesmo-com-conta-no-banco-poucos-poupam.shtml

23/09/2013 - 03h00

Entenda as diferenças dos vários tipos de dólar

ANDERSON FIGO
DE SÃO PAULO

 

 Consumidores que acompanham a cotação do dólar muitas vezes ficam confusos quando veem que, na prática, o preço da moeda americana cobrado em um pacote de viagem ao exterior, por exemplo, não corresponde à taxa vista nos jornais.

Isso acontece porque, no Brasil, a taxa de câmbio é flexível, o que significa que ela é negociada livremente por quem compra e quem vende.

O Banco Central divulga todos os dias uma média das taxas praticadas entre as instituições autorizadas a negociar dólares (bancos, corretoras e agências de turismo), conhecida como Ptax -que serve como referência.

O dólar comercial é usado no comércio exterior, enquanto, para fechar contratos no mercado financeiro, as empresas normalmente levam em conta o dólar à vista.

Editoria de Arte/Folhapress

Já o dólar turismo é aquele usado para emissão de passagens internacionais, pagamento de pacotes de viagens ao exterior e débitos em moeda estrangeira no cartão de crédito. "É o mais alto de todos, cerca de R$ 0,10 a R$ 0,15 acima dos demais", diz Fernando Bergallo, gerente de câmbio da corretora TOV.

"Estamos falando do dólar que não rege só o pagamento de uma viagem, mas também representa dinheiro vivo que o consumidor leva para fora para gastar."

Segundo Bergallo, o que encarece esse tipo de dólar é o custo que as instituições têm para manter as notas físicas, como transporte, custódia e seguro.

Também existe o dólar paralelo, que, como o próprio nome já diz, é o que circula em um meio não oficial, e o dólar a cabo.

ORIENTAÇÕES

As instituições podem cobrar taxas diferentes para o mesmo tipo de dólar. Como o câmbio é livre no país, os bancos e corretoras podem cobrar, por exemplo, uma taxa para a venda por telefone e outra para a venda em loja.

"Vale a pena pesquisar. Muitos comparam apenas os preços praticados por diferentes instituições", diz Guilherme Prado, especialista em câmbio da Fitta DTVM.

Também é essencial ficar atento às taxas. Quem compra dólar em papel paga 0,38% de IOF sobre o valor adquirido. A mesma taxa vale para quem carrega um cartão de débito. Já quem faz pagamentos no cartão de crédito arca com 6,38% de IOF.

Se a aquisição for feita em outra moeda, o valor será convertido em dólar e o cálculo do imposto será feito a partir dessa conversão.

A administradora do cartão vai cobrar a cotação vigente no dia do vencimento da fatura -e não no dia da compra-, podendo usar como referência o dólar comercial ou o turismo.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/09/1345896-entenda-as-diferencas-dos-varios-tipos-de-dolar.shtml